Um Estado Iídiche
Israel Shamir
I
A América prepara-se para uma guerra longa. A que chama ‘guerra
contra o terrorismo’, mas este nome não tem outro sentido senão
de ‘guerra contra o inimigo’. Noam Chomsky deu-lhe uma definição
espirituosa: “terrorismo é o que eles nos fazem a nós”. Contudo,
no decurso dessa guerra, milhares dos nossos irmãos por Adão e
Eva serão metralhados, bombardeados com napalm e com ogivas
nucleares. Rapazes e raparigas, bébés por nascer e velhos serão
levados ao altar da Vingança e chacinados ritualmente.
O Presidente Bush chamou a esta empresa ‘cruzada’. Este título
evoca na nossa memória os obstinados cavaleiros de Aquitânia e
os pios guerreiros francos que levaram a Cruz, e, com o nome de
Nossa Senhora nos lábios, se aventuraram numa longa e dura
peregrinação. Mas a realidade era pior. A Cruzada foi uma
jihad ocidental, que provocou muito derramamento de sangue.
Os cruzados eram selvagens indisciplinados, que saquearam a mais
bela cidade cristã na terra, Constantinopla, e ensoparam de
sangue o chão sagrado de Jerusalém. Um cronista cruzado, Radulf
de Caen, escreveu a respeito dos seus camaradas de armas: na
cidade síria de Maarra, ‘empalaram bebés em espetos,
grelharam-nos e comeram-nos’. Era gente muito rude, e, contudo,
eu gostaria de poupar os nomes destes assassinos e canibais de
serem comparados com a cruzada de Bush. Eles procuravam a
glória, não a vingança, que é um sentimento profundamente
não-Cristão, mesmo anti-Cristão.
A própria essência do Evangelho é a rejeição da vingança. Essa
era a grande diferença entre a Igreja e a Sinagoga, as duas
irmãs nascidas há dois mil anos. Esta diferença essencial é a
característica inerente do cisma existente entre as duas fés:
enquanto os cristãos são chamados para rezar, os judeus sonham
com a vingança.
II
O velho Judaísmo bíblico, a fé-mãe de Judeus e Cristãos,
continha duas interpretações diferentes de ‘Messias’. Ambas
podem ser encontradas no Velho Testamento. No cisma entre
Cristãos e Judeus, cada nova fé escolheu e fez predominante uma
destas interpretações. Para os Cristãos, Cristo veio salvar,
enquanto para os Judeus, o Messias veio para fazer vingança.
Isto é explicado pelo brilhante académico israelita, o Prof.
Israel Jacob Yuval da Universidade Hebraica, no seu novo livro
Duas Nações no teu Seio. A ‘Salvação Vingativa’, como
Yuval lhe chama, foi criada pelos judeus ahskenazi com base nas
velhas fontes farisaicas e tornou-se a doutrina predominante da
Sinagoga.
Quando o Dr. Israel publicou o seu perspicaz livro sobre a
teologia da vingança no Judaísmo, ele foi aceite com grande
entusiasmo pelos seus colegas israelitas, mas os académicos
judeus americanos odiaram-no. O Dr. Ezra Fleischer escreveu uma
crítica veemente, concluindo com as palavras: ‘teria sido
melhor que esse livro não fosse escrito, mas como está
publicado, deve ser condenado ao esquecimento’. [Foi
publicado em tradução inglesa somente agora, em Junho de 2006].
O Prof. Yuval cita muitos textos judaicos antigos em apoio da
sua tese. “No Fim dos Dias (quando o Messias vier) Deus matará e
exterminará todas as nações, excepto a Israelita, segundo o
Sefer Nitzahon Yashan, escrito por um judeu alemão do século
XIII. Um poeta litúrgico Klonimus b. Judah teve uma visão de
“Deus com as mãos cheias de cadáveres de Goyim”.
Ainda mais terríveis sonhos de sangue e destruição precederam
os primeiros ataques aos judeus no fim do século XI. Cem anos
antes da investida dos Cruzados contra os judeus, R. Simon b.
Ytzhak pedia a Deus que pegasse na sua espada e chacinasse os
Goyim”. Afim de apressar a sua destruição, os Sábios judeus da
Europa adoptaram novas pragas horríveis contra os Cristãos e
contra Cristo, e introduziram-nas na liturgia da Páscoa
Judaica e no Yom Kippur e até na oração diária, a acrescentar
às pragas aí existentes desde o século XII.
O Messias da Vingança tem na verdade um nome diferente na
teologia cristã. É o Anti-Cristo. Os teólogos cristãos tentaram
investigar as qualidades desta
figura apocalíptica. S. João de Damasco profetizou que o
Anticristo viria aos Judeus e pelos Judeus, contra Cristo e os
Cristãos. (S. João Damasceno era amigo do Islão e interpretava o
dogma muçulmano do eterno Corão como uma forma do cristão
ensinamento do Verbo). Os Pais da Igreja consideravam o
levantamento do Anticristo como o levantamento e temporário
triunfo do Judaísmo. No século X, Santo André Bizantino
profetizou que o Reino de Israel seria restaurado e que seria o
trampolim do Anticristo. Assim, os teólogos judeus e cristãos
concordam em que os seus Messias se opõem mutuamente como tese e
antítese, ou como Cristo e Anticristo.
Esta proximidade de Israel do Apocalipse é sentida por milhões
de devotos cristãos nos Estados Unidos. Ensinaram-lhes que o
surgimento do Anticristo é a fase que precede a Segunda Vinda.
Mas, sendo enganados pelos seus Pastores, eles chegaram a uma
conclusão paradoxal e entendem colocar-se ao lado do
Anticristo. Esquecem-se das palavras: “o Filho do Homem irá até
onde foi ordenado que fosse, mas ai daquele que se ponha ao lado
do Anticristo.
Os Judeus não são um Anticristo. Mas a ideia do Messias
Vingativo é muito perigosa, e devia ser combatida… Isso poderia
ser feito com as ferramentas do Velho ou do Novo Testamento, ou
com os conceitos gerais do humanismo. De outro modo, esta ideia
envenenará o discurso.
III
Seria um erro atribuir o espírito de revindicta dos EUA à
Judiaria americana. A América é especial para os seus Judeus, e
os Gentios são discursivamente ‘Judeo-cristãos’, ou, mais
precisamente, ‘Judeo-americanos’, pois os seus costumes pouco
têm do espírito de Cristo. Como Karl Marx o disse, ‘a dominação
prática do espírito judaico sobre o mundo cristão conseguiu na
América do Norte a sua mais clara e completa expressão’.
Muitas figuras públicas americanas, judeus e não-judeus, clamam
por vingança:
“Há apenas uma maneira de tratar com povos como este, e é que se
terá que matar
alguns deles, mesmo que não estejam imediata e directamente
envolvidos com esta coisa” (CNN, 11/9/01), disse o
ex-Secretário de Estado, Lawrence Eagleburger, que preside à
organização judaica de reclamações à Alemanha (a $300.000 por
ano).
A resposta a este
inimaginável Pearl Harbor do século XXI devia ser tão simples
quanto rápida — matar os f. da p., com um tiro entre os olhos ou
explodindo-os em bocadinhos ou envenenando-os, se fosse
necessário. Quanto às cidades e países que albergam estes
vermes, bombardeiem-nos até ficarem rasos.
Disse Steve Donleavy no New York Post (12/9/01). No
Washington Post, Rich Lowry propôs:
“Se arrasarmos parte de Damasco ou Teherão ou o que for preciso,
essa é parte da solução”
(W.P., 13/9/01).
A melhor citação é de Ann Coulter, a escritora preferida da
World Jewish Review:
“Não há tempo para encontrar os indivíduos exactos envolvidos
directamente neste especial ataque terrorista... Devemos
invadir-lhes os países, matar os seus governantes e convertê-los
ao Cristianismo (!?). Não fomos picuinhas a respeito de
localizar e punir Hitler e os seus ministros. Bombardeámos em
tapete as cidades alemãs; matámos civis. É a guerra. E esta é
guerra também”.
Depois de ter escrito estas palavras, ela foi justamente
despedida do seu jornal e pouco depois empregada na
neo-conservadora revista judaica Commentary.
O espírito vingativo da imprensa americana é uma aberração no
discurso ocidental. Se se filtrar a literatura dos países
cristãos e muçulmanos, descobrir-se-á que o tema da vingança
raramente aparece. Nicolai Gogol escreveu um conto gótico
chamado “A Terrível Vingança”, Prosper Mérimée escreveu
uma pequena novela, “Colomba”, a respeito duma
vendetta corsa. C’est tout.
Os britânicos sempre consideraram a vingança uma tendência pouco
inglesa, certamente não cricket [not
fair,
não leal].
‘Vingativo’ é uma palavra negativa em qualquer cultura cristã ou
muçulmana. A cultura judaica, contudo, está saturada com a ideia
de vingança, que vem directamente do Antigo Testamento, sem o
filtro redentor do Novo Testamento ou do Corão.
Nós Judeus sabemos isso melhor que ninguém. Um brilhante
jornalista americano judeu, John Sack, notou no seu Olho por
um Olho, um livro enregelante a respeito de vingança
perpetrada por judeus sobre os civis alemães após a IIGM. Este
livro fala-nos de torturas, envenenamentos em massa e outros
horrores. Não é provável que se possa adquirir este livro, pois
a judiaria conseguiu suprimi-lo e conservá-lo fora das
livrarias.
Não é surpresa que Israel tenha fomentado a vingança na sua vida
diária. Os seus ataques aos Palestinos foram chamados peulot
tagmul, as acções de vingança. Uma destas acções foi
perpetrada pelo (mais tarde primeiro ministro) Ariel Sharon em
14 de Outubro de 1953, quando ele e os seus soldados
assassinaram uns sessenta camponeses,
mulheres e crianças, na aldeia de Qibya. A invasão do
Líbano em 1982, com os seus 20.000 assassinados, Libaneses e
Palestinos, Cristãos e Muçulmanos, foi um acto de vingança pela
tentativa de assassínio do embaixador israelita em Londres.
Durante a última Intifada, cada acto do terror israelita era
chamado ‘retribuição’ ou ‘retaliação’ pelos israelitas e pelos
media possuídos pelos judeus americanos.
A enfatuação judaica pela vingança sobreviveu à perigosa
travessia do Atlântico. Os judeus americanos criaram Hollywood,
e Hollywood fez da vingança o seu assunto preferido. Numa
recente re-filmagem de Os Três Mosqueteiros, d’Artagnan é
motivado pelo espírito de vingança, embora tal motivo mal se
sinta no livro ou em filme francês. Na verdade, é o mau da fita,
Mordred, filho da Lady Winter, que alimenta sonhos de vingança.
Mas para o novo filme americano, produzido por um judeu
americano, a vingança é um sentimento legítimo. De certo modo, o
cinema americano foi uma expressão do subconsciente colectivo
judaico, e foi o factor principal na criação da psique
americana. De Hollywood, o espírito de vingança voou sobre a
terra e certamente ajudou a criar o mundo em que habitamos.
Por outras palavras, não havia necessidade de uma conspiração
judaica. Um neto do rabi de Trier
[Alemanha,
Renânia-Palatinado],
que cresceu na Igreja, Karl Marx, fez notar em 1840 (!) que a
América (com ou mesmo sem um judeu étnico) se tinha tornado um
estado com um espírito “judeu”, e tinha abraçado a ideologia
“judaica” da ganância e da alienação. Um discípulo de Marx,
Werner Sombart, chegou a uma conclusão semelhante a respeito do
espírito judaico da América, embora, na sua opinião, a América
cresceu com judeus e foi formada por judeus desde os seus
primeiros passos. A América imatura não podia resistir ao
impacto da mentalidade judaica, e tornou-se um estado judaico, a
irmã maior de Israel.
Isto explica os êxitos dos judeus americanos: é simplesmente
natural que num estado ‘judeu’, os verdadeiros judeus tenham
maiores êxitos. Esta rápida subida à glória e à riqueza não
devia ser causa de vertigens e auto-adulação – pelo contrário.
De acordo com o raciocínio do grande filósofo americano,
Immanuel Wallerstein, eu digo: O sucesso material nos nossos
dias é sinal de insucesso moral. O ‘sucesso’ e a riqueza não são
um sinal da benevolência de Deus. Pelo menos, não do Deus que
abençoou os pobres. Um homem que tem êxito num bando de ladrões
falha aos olhos de Deus. O nosso mundo com os seus milhões de
esfomeados e uma minoria super-próspera é imoral e anti-cristã,
tão anti-cristã como a ‘cruzada’ judeo-americana.
Esta explicação permite-nos responder à questão posta
anteriormente: a América apoia Israel por causa do seu lobby
judaico, ou por causa dos ‘verdadeiros interesses’ das
corporações americanas? A putativa resposta é esta: o lobby
judaico é um corpo supérfluo da direita israelita, enquanto a
América como um todo é o maior estado ‘judaico’ com interesses
fora do Médio Oriente também.
Esta suposição explica muitas questões. Explica os incríveis 99%
dos votos em apoio de Israel. Explica os museus do Holocausto,
os estudos do Holocausto e os filmes do Holocausto. Explica a
posição central dos Judeus na vida americana, assim como a
América vê os acontecimentos mundiais na perspectiva tradicional
judaica: “serão bons para os Judeus?”
Explica o abandono dos US
[à conferência sobre o racismo, em 2001] em Durban.,G.W. Bush
não se importou com a querela com a Europa e o Japão e renegou o
tratado de Kyoto. Não se importou nada que a Rússia e a China se
aborrecessem na sua unilateral decisão de abandonar o Tratado
sobre as Armas Estratégicas. Pois aqui ele ouviu a voz do dono.
A altiva rejeição da África e da Ásia, a insultuosa demissão da
comunidade Afro-Americana, a rejeição da grande luta contra o
racismo foram provas adicionais de que os US se tinham tornado
um estado irmão de Israel.
Recentemente, o Presidente Vladimir Putin tentou justificar o
seu ataque aos tchetchenos num entrevista com a Newsweek
(2.7.01). Disse que os líderes da Tchétchnia “tinham clamado a
exterminação dos judeus”, relegando as críticas da sua guerra
para as fileiras dos anti-semitas. Ora, a Tchétchnia não tem
judeus, e a opinião dos líderes tchetchenos é irrelevante, se
‘anti-semitismo’ quiser preservar o seu significado original de
‘racismo ou preconceito anti-judaico’. Nesta forma ele não
existe em parte alguma, como argumentámos algures
[“The Third Dove” =
“A Terceira Pomba”, ver www-israelshamir.net], mas a palavra tem
agora um novo sentido. Ela tornou-se o equivalente a
‘anti-americanismo’ dos dias de McCarthy, ou de ‘anti-soviético’
dos tempos da União Soviética de Brejnev.
Os americanos ficam tensos e gritam sempre que sentem que a sua
lealdade aos Judeus é questionada. Quem quer que rejeite este
novo paradigma americano, na América ou em qualquer outra parte,
é um anti-semita por definição. É por isso que boas pessoas de
origem judaica, -- seja Noam Chomsky ou Woody Allen, S. Paulo ou
Karl Marx – são chamados anti-semitas. Eles são habitualmente
rejeitados pela comunidade judaica, mas os seus nomes são usados
para defender a estrutura que atacaram.
Uma ofensa à comunidade judaica não é considerada uma forma de
racismo, pois o racismo comum é tolerado com grande facilidade,
especialmente se for dirigido contra os Árabes (novos inimigos
dos Judeus) ou os Pretos (velhos inimigos dos Judeus). Ela é
tratada como um crime de lesa majestade; nos anos da ascendência
judaica na União Soviética (1917-1937), as pessoas eram
fuziladas por causa dum remoque anti-judeu. Manfred Stricker de
Estrasburgo fez campanha para dar o nome do Dr. Schweitzer à
universidade local, enquanto a comunidade judaica preferia o
nome dum académico judeu com pouca ligação à cidade. Como
resultado, Manfred Stricker foi condenado a seis meses de
prisão. Alexander Chancellor escreveu no Guardian (sob
um prometedor título “Não é Preto e Branco”) a respeito do
direitista holandês assassinado: sim, ele era inimigo do Islão,
mas era bom para os Judeus, e portanto não era mau sujeito.
Falando a estudantes em Harvard, Emory e outras universidades da
Liga da Hera, reparei que eles não conheciam o nome “Arnold
Toynbee”. O maior filósofo britânico de história do século XX
cometeu um erro: falou da tragédia dos Palestinos. Também citou
a escravatura africana como uma tragédia a para do holocausto
judaico. Como resultado, foi apagado e desapareceu da
consciência americana. É quase impossível encontrar não-ficção
de G. K. Chesterton nas livrarias americanas ou inglesas. Este
brilhante ensaísta está relegado para as quase não existentes
‘secções cristãs’ das livrarias, e as suas raras reedições estão
sanduichadas entre Maus Papas e Rabi Jesus.
Esta influência no discurso público explica a obediência dos
intelectuais americanos (e europeus). No estado judeo-americano,
os Judeus formam a sua ‘Igreja’, o seu estabelecimento
ideológico. Para um intelectual, é melhor ser chamado pedófilo
que anti-semita.
IV
Embora os Estados Unidos se tenham convertido num estado
judeo-cristão, a questão de Quem Governa Quem no ménage à
trois de Judeus, Israel e os US, não é simples. As três
dramatis personae formam um triângulo tão misterioso como o
da Bermuda e certamente não menos perigoso. Há meio ano, algumas
fontes duvidosas relataram que Sharon dissera numa reunião do
seu gabinete: ‘Não se ralem a respeito dos Estados Unidos, eles
estão sob o nosso controlo’. Estas palavras foram negadas, mas à
medida que o levantamento na Palestina rapidamente desliza para
uma campanha de extermínio do tipo da de Josué, ao mesmo tempo
que os US ‘apoiam a guerra contra o terrorismo’, as dúvidas
crescem.
A própria existência de uma entidade colectiva conhecida como “O
Povo Judaico” (ou a Judiaria, ou os Judeus) é negada com
frequência. Há uns duzentos anos a Judiaria existia tão sem
ambiguidade como a Igreja em França. Os nossos antepassados eram
membros deste estado extra-territorial, uma ordem autoritária
semi-criminosa, dirigida por ricos e rabis. A sua chefia,
chamada Kahal (Comunidade, em hebraico) tomava importantes
decisões, e os judeus comuns seguiam as suas instruções. A
chefia podia dispor da vida e da propriedade dos judeus, tal e
qual como um senhor feudal. Não havia liberdade de opinião
dentro dos muros do gueto. Um judeu rebelde podia ser punido com
a pena capital. Veio a Emancipação, e o poder da Kahal
quebrou-se por dentro e por fora. Os Judeus ficaram livres e
tornaram-se cidadãos nos seus respectivos países.
Hoje em dia, emergiu uma nova geração de judeus que não conhece
Josué. Anos de apologética lavagem ao cérebro fê-los esquecer
por que razão os nossos avós queriam romper os muros de ferro da
comunidade judaica. A noção de Judiaria tornou-se uma questão
discutível. Somos nós os descendentes de judeus, cidadãos dos
nossos países, ou somos cidadãos do Povo Judaico? Existe a
‘Judiaria’, do mesmo modo que existe qualquer estado, ou
trata-se apenas dum modo de dizer?
Eis um paradoxo: Os líderes judaicos querem que a Judiaria seja
uma espécie de jacto Stealth, ora se vê, ora não se vê. Aí
está, ou para abusivo ataque ou para excessivo criticismo. E
dizem: ‘Isso é o que Hitler disse’ ou ‘Isso foi inventado pelos
inventores dessa falsidade, os Protocolos dos Sábios de Sião’,
e esquecem-se de dizer que também está escrito na Declaração de
Independência de Israel. Israel é de facto descrito como ‘o
Estado do Povo Judaico’, e é por isso que atrai atenção e a
influência desproporcionadas como a visível (e territorialmente
limitada) parte da Judiaria. É por isso que um lugar de
embaixador em Tel Aviv é considerado entre os mais altos e mais
desejáveis para um diplomata de carreira. O conceito de ‘Povo
Judaico’ recebeu um reconhecimento singular na lei
internacional, quando o Povo Judaico foi declarado em 1950 e em
1991 pela Alemanha moderna como o herdeiro residual dos judeus
que não deixaram testamento. A Lei Criminal Judaica permite que
o estado de Israel julgue e persiga qualquer pessoa no mundo que
agiu contra a pessoa, saúde, vida, propriedade e dignidade de um
judeu, mesmo que esses judeu não tenha quaisquer ligações com o
estado de Israel.
Nós, filhos de pais judeus emancipados, estamos tão
surpreendidos como qualquer pessoa. Nada nos preparou para a
miraculosa recuperação da Judiaria. Há bem pouco, estava no seu
caminho de saída, e na verdade, proclamada morta; e tínhamos
chegado a nos considerar homens livres. Durante a nossa vida, as
coisas mudaram drasticamente, e agora somos convidados a
declarar lealdade a este corpo, senão podemos sofrer ostracismo
e humilhação, provavelmente a perda dos nossos meios de vida, ou
pior. A Judiaria (por favor não confundam este termo com os
milhões de descendentes dos judeus medievais) recuperou o seu
lugar na política mundial, e apoderou-se da mente da única
superpotência, os EUA.
Isaac Deutscher, um marxista judeu e um biógrafo de Trotsky,
foi um dos primeiros judeus a notar este fenómeno. Ele
propôs-se, no seu ensaio Que é um Judeu? (publicado no
Jewish Quarterly, Londres 1966), a distinguir entre ‘Judeus’ e
‘Judiaria’. Enquanto os ‘judeus’ são indivíduos de opiniões
variadas e várias maneiras de viver, a ‘Judiaria’ é um corpo
quase nacional com as suas chefias e agenda. Na sua opinião, a
Judiaria estava em vias de desaparecer, mas das cinzas da IIGM “
a Fénix da Judiaria ressuscitou”. Eu preferiria que os Judeus
sobrevivessem e que a Judiaria perecesse”, escreveu ele, mas “o
extermínio de judeus deu um novo recomeço de vida à Judiaria”.
A auto-nomeada liderança da revivida Judiaria atingiu o pináculo
do poder em estreita ligação com os super-ricos adoradores de
Mamona. Estão intoxicados pela protecção e pela ausência de
oposição. Apoiam o criminoso de guerra Sharon, mas consideram-no
demasiado fraco. Apuparam Paul Wolfowitz, o americano judeu
super-falcão. Todo o político israelita sabe e toma atenção: há
judeus poderosos na América e por toda a parte que querem uma
guerra interminável na Palestina. Entendem que a salvação
trazida pelos exércitos da Rússia e da América na IIGM foi a sua
vitória pessoal sobre os Gentios, o sinal de uma nova era da
supremacia da Judiaria em todo o mundo, prometida pelo Talmude e
pela Cabala.
Isaac Deutscher atribuiu as mudanças em Israel à sua influência:
“Um rico judeu
americano, um ‘um homem de negócios mundial’ entre os seus
sócios gentios e amigos em Nova Iorque, é de coração orgulhoso
por ser membro do Povo Eleito, e em Israel exerce a sua
influência a favor do obscurantismo e da reacção religiosa.
Mantém vivo o espírito de exclusividade e superioridade
racial-talmúdicas. Alimenta e inflama o antagonismo contra os
Árabes”. (The
Israeli-Arab War, Junho 1967, New Left Review, 23.6.67)
Seria estranho se este ‘rico judeu’ influenciasse apenas o
distante Israel. A sua influência é ainda maior no seu país, nos
EUA, onde ele promove a mesma ideia de “exclusividade e
superioridade racial-talmúdica”, em completa harmonia com o
espírito ‘judaico’ da América.
Estes ricos não precisam da terra palestina. Não vão emigrar
para Israel, nem trabalhar nos vinhedos. Usam Israel e seu
povo como a sua ferramenta dispensável no jogo mundial.
Interpretam a compaixão dos Gentios como sinal de fraqueza.
Interpretam a sua amabilidade como submissão. Tal como um gato
com um rato, eles brincam com a Igreja da Natividade para ver
quando é que a Cristandade está finalmente morta, se ela deixar
de reagir. Ao mesmo tempo eles ameaçam as Mesquitas de Jerusalém
e apontam os mísseis de cruzeiro americanos sobre Baghdad. Em
vez de Cristianismo e Judaísmo, eles introduzem uma nova fé:
suplantam a Crucifixão pelo Holocausto, e a Ressurreição pela
criação do Estado de Israel. Para eles, o controlo judaico sobre
os lugares sagrados do Cristianismo e do Islão é uma prova
visual do seu domínio. A sua destruição seria um sinal de
vitória total. De certo modo, eles têm razão: uma sociedade sem
valores sacros está condenada à extinção.
Muitos judeus e descendentes de judeus sentem-se ameaçados pelo
conceito de Judiaria. Usualmente objectam às ‘generalizações’,
às ‘acusações de um povo inteiro’ ou Ao ‘belicismo’. A princípio
fiquei surpreendido com as suas respostas. Depois, pensei que o
seu raciocínio era tão bom que podia ser usado por outros
também. É pena desperdiçar um coisa boa. Por exemplo:
-Como te atreves a dizer que os Americanos bombardearam
Hiroshima com a bomba atómica? Eu sou americano e não bombardeei
Hiroshima com a bomba atómica.
-Tu dizes: ‘os Ingleses dominaram a Índia’. Tolice! Eu conheço
centenas de pobres trabalhadores ingleses que não dominaram a
Índia.
-Tu clamas pela libertação da Argélia. Isso é anti-galicismo! A
verdadeira diferença não está entre os Franceses e os nativos
Argelinos, mas entre o povo culto e os fanáticos muçulmanos.
-A política imperialista da Rússia? Isso é um remoque racista
para provocar o ódio dos Russos.
Provavelmente, admitireis que isto ressoa a tolice. As políticas
são feitas pelas elites, realizadas pela maioria mais ou menos
de acordo, e os que ficam de fora sofrem as consequências. A
Judiaria não é diferente de qualquer outro estado ou corporação
transnacional. A chefia judaica tem políticas, e é capaz de as
mudar. Naturalmente, os judeus comuns podem submeter-se-lhes ou
rejeitá-las.
VI
Isto não é muito semelhante a informação secreta, mas não deve
ser dito em voz alta. O “establishment” judaico pode
dizer a Bush que diga ‘tio’ e ele o fará. Este é um segredo de
Polichinelo, como dizem os franceses. O resto do mundo, desde o
Extremo Oriente à Europa do Norte, conhece-o perfeitamente bem,
e de tempos a tempos um descuidado primeiro ministro ou orador
de um parlamento palra a respeito dele. O Congresso dos US
levanta-se sempre nessa ocasião e envia o seu forte protesto
contra o palrador ofensivo, tal com um marido galado, que nunca
admite o seu medo pela mulher zangada em frente dos seus
compinchas.
Pode-se dizer que os US são dominados pelos Africanos, Wasps,
Pedreiros Livres ou pelos Extra-Terrenos Cinzentos, e ninguém
faz caso. Pode-se dizer que o país é regulado pelas Corporações,
a Standard Oil e a Boeing, e ninguém objectará. Mas tente
alguém dizer que “os judeus dominam a América” e esse alguém
se encontrará num sarilho sério. Ora, qual é de facto a real
posição dos Judeus nos US?
Ela pode ser descrita de muitas maneiras. Eles representam a
Igreja (isto é, um corpo ideológico) da nova fé judeo-americana.
Eles são a casta bramânica da América. Podem mesmo ser chamados
uma muito predominante, se não ética, minoria governante. Este
pendor dos acontecimentos é estranho mas não único. Até época
recente, a Inglaterra era governada por uma pequena casta de
formados de Eton, tão exclusivistas como qualquer judeu;
chegavam até a casar-se dentro do próprio grupo.
É por isso que Powell e Bush não podem dar nem dão ordens a
Sharon. Eles têm alguma liberdade de decisão desde que o Povo
Judaico tenha duas opiniões – antes que esta entidade única
tenha decidido o que quer. Ora, aparentemente, os Judeus (em
oposição a judeus) estão unidos por um querer comum, um
propósito e um sentimento de poder. A intoxicação pelo poder e
unidade fez com que este povo cauteloso tirasse a máscara, e
deixasse de fingir. Esta nova abertura fornece-nos uma visão sem
precedentes do íntimo da alma dos Judeus e dos seus apoiantes
mamónicos.
Uma voz autêntica, Ron Grossman, do Chicago Tribune, escreve:
“Como auto-proclamado humanista, eu devia encolher-me de horror
com o pensamento dos tanques ribombando através duma cidade,
qualquer cidade. A minha cabeça devia pender de dor perante as
imagens televisivas dos combates de rua (melhor, massacres) em
Belém e Ramallah. Mas eis uma sugestão: Não nos preguem sermões.
Esqueçam-se de apelarem para os nossos melhores egos”.
Sim, esqueçam-se de apelarem para os seus melhores egos, pois
eles não têm nenhum. ‘Os melhores egos’ eram apenas um
expediente, e agora os seus egos reais emergiram com todo o seu
poder brutal.
VII
Transformemos este texto num guião cinematográfico e alternemos
alguns instantâneos obtidos pela BBC no campo. Na Palestina,
o chefe da UNRWA, Peter Hansen, disse: “Estamos a obter
relatórios de terror puro. Helicópteros bombardeiam áreas
residenciais civis; a metralha contínua dos tanques criou
centenas de feridos; bulldozers arrasam casas de refugiados e o
alimento e os remédios em breve se esgotarão”. Dezenas de
cadáveres jazem nas ruas do campo dos refugiados de Jenin. A
Igreja da Natividade está a arder, como em 614.
Entretanto, dezenas de milhares de judeus apareceram em Nova
Iorque para manifestarem o seu apoio ao massacre israelita
de palestinos. 150.000 manifestantes judeus vieram para as ruas
de Paris expressarem a sua solidariedade com Israel. Agitando
bandeiras de Israel e paramentados com as cores branca e azul da
sua bandeira nacional (a tricolor é esquecida), os protestadores
marcharam da Place de la République até à Place de la Bastille
em Paris, cantando em francês e em hebraico, e empunhando
cartazes onde se lia “Ontem Nova Iorque, hoje Jerusalém, amanhã
Paris.”
Em Israel, “ninguém pode tão bem expressar as aspirações da
maior parte dos israelitas como o primeiro ministro. Não é uma
guerra feita por Sharon, o “ belicista”, é a guerra de todos
nós”, escreve Gideon Levy, um homem de coração e consciência”.
Será também muito difícil censurar Sharon pelas consequências
da guerra, à luz do extenso apoio que lhe foi dado pela maioria
dos israelitas. Perto de 30.000 homens foram mobilizados e eles
apresentaram-se ao serviço como um só homem, tornando o
movimento de oposição, com 21 opositores, actualmente na prisão,
irrelevante. “Não perguntámos porquê, simplesmente viemos”,
disseram os reservistas ao Primeiro Ministro,
expressando o sindroma do “juntos” que caracteriza Israel em
tais alturas. Dezenas de milhares de homens deixam as suas
casas, pondo para trás a sua vida normal, e põem-se a matar e
a deixar-se matar -- e nem sequer perguntam porquê? É o
comportamento do rebanho”, conclui Levy.
Levy está enganado: essa é a força real da Judiaria que provém
da sua imensa coesão e altivo etnocentrismo. Por exemplo, um
Mark Steyn (sic) escreve no National Post: “Todos os
povos civilizados concordam em que é errado matar judeus”.
(Não é ‘matar’ que é errado, pois então também seria errado
matar palestinos. Só ‘matar judeus’ é que é errado. Isto
baseia-se na leitura judaica dos Dez Mandamentos: ‘Tu não
matarás um judeu’, em vez do mandamento cristão: ‘Tu não
matarás’.
O Professor David D. Perlmutter escreve no LA Times
(7/4/2002): “Eu sonho acordado – ao menos! Se em 1948, 1956,
1967 ou 1973 Israel tivesse agido um pouco à maneira do III
Reich, agora os israelitas poderiam fazer compras, comer pizza,
casar-se e celebrar os dias santos sem serem molestados. E sem
dúvida os Judeus, não os xeiques, teriam esse petróleo do
Golfo’. Tais sonhadores acordados deviam ser cuidadosamente
retirados do sistema educativo por serem nazis inveterados. Mas
não há que recear! O Judeo-Nazismo é uma ideologia vencedora nos
US.
Espirituoso, se bem que pretensioso, Taki do semanário britânico
Spectator contribuiu com a seguinte prova anedótica da
nova veemências e franqueza judaicas: “No domingo de Páscoa,
durante o almoço, a mulher mais rica de Israel, Irit Lando,
irrompeu subitamente pela minha casa e começou a arengar com os
meus amigos e família a propósito de Adam Shapiro”. Malgrado o
facto de que ela é uma das melhores amigas da minha mulher, e
ter sido convidada a passar pela nossa casa depois do almoço,
fiquei extremamente aborrecido. Lembrei à Irit que a minha casa
não era território ocupado por Israel; que era Páscoa; e,
sabendo como sinto a respeito do sofrimento dos Palestinos, ela
devia mudar de assunto. Ela assim fez, mas, em vez disso, foi
à imprensa dar publicidade desse terrível traidor Adam Shapiro”.
Enquanto alguns touros tresmalhados se origem judaica, como Adam
Shapiro, são cada vez mais marginalizados, os judeus ajuntam-se
en masse para apoiarem Sharon e Israel. As autoridades US
não têm outra escolha senão aceitarem o aviso. Os gentios
americanos já há muito o tinham previsto: se se quiser fazer
carreira na política ou nos media, ter-se-á de apoiar os
judeus inteiramente. De outro modo, é-se lançado aos cães. Se um
homem encontrou o seu caminho para os mais altos escalões do
poder americano, então ele aprendeu os cordelinhos e sabe quais
são os limites do seu poder.
VIII
Eric Alterman da Nação publicou uma lista dos pânditas
que apoiam Israel premeditadamente e sem restrições. É uma
leitura excitante:
[Segue-se uma longa lista de colunistas e comentadores e
respectivos órgãos informativos. O tradutor dispensa-se de a
incluir por a considerar fastidiosa. Quem estiver interessado em
consultar esta lista poderá lê-la na versão inglesa deste
artigo, no mesmo sítio israel.shamir.net]
“O que é talvez mais interessante é a longa lista dos não-judeus
que apoiam Israel premeditadamente e sem restrições”, - escreveu
o Professor Kevin McDonald da Universidade Estadual da
Califórnia (em comunicação privada ao autor). “O apoio
incondicional a Israel é o teste crítico de tornesol de
aceitabilidade pelos maiores órgãos de imprensa nos US.
Pânditas prospectivos “ganham os seus galões” mostrando a sua
devoção por Israel (e presumidamente por outras questões
judaicas). Parece difícil explicar a enorme inclinação para
Israel na ausência de algum factor selectivo como resultado de
atitudes individuais. E há a óbvia sugestão de que enquanto os
judeus nesta listas devem ser vistos como actores étnicos, os
não-judeus estão certamente a fazer um excelente movimento
carreirista ao tomarem as posições que tomam. Este teste de
tornesol para prospectivos fazedores de opinião é reforçado
ainda mais pelo facto de Joe Sobran ter sido despedido do
National Review, porque teve a temeridade de supor que a
política externa dos US não devia ser ditada pelo que é melhor
para Israel”.
Os carreiristas foram escolhidos pela sua habilidade de não
fazerem caso dos interesses do povo americano. Um bom indicador
da composição e comportamento da elite pode-se encontrá-lo nos
números de admissão de alunos das universidades da Liga da Era
[Ivy
League
– associação das oito universidades mais importantes e
prestigiosas do nordeste dos EUA, entre as quais Harvard e Yale]. A porção
das elites tradicionais dos US, os WASPs, decresceu de 85% para
35%, enquanto a participação dos judeus (2% da população)
atingiu 40%. Por outras palavras, a probabilidade de um
não-judeu encontrar um lugar entre a elite decresceu
significativamente.
Assim, após muitos anos de um processo selectivo, as forças
pró-judaicas subiram a posições de poder e influência nos EUA.
Dito isto, a América ficou destinada a tornar-se um estado
Neo-Judaico em virtude da sua ideologia. Anthony Judge escreveu;
“Há um paralelo extraordinário entre a habitual percepção
exclusivista da América como “ o próprio país de Deus” e Israel
como dádiva de Deus ao “Povo Escolhido”. Por que razão estas
percepções justificaram a invasão dos países de outros, a
deslocação e morte das populações indígenas, o seu
aprisionamento em ‘reservas’, e o desenvolvimento de um quadro
estratégico para a expansão da “civilização ocidental” no espaço
de outras culturas?”
Os Pais Peregrinos (Pilgrim Fathers), os fundadores da
América, chamaram-se uma Nova Israel. Contudo, Satanás pregou
uma cruel partida aos seus descendentes WASP (White
Anglo-Saxon People). Prometeu fazer deles novos judeus, e
cumpriu a promessa. Contudo, eles tornaram-se uma parte menor da
aliança Judeo-Mamonita, destinada a jurar fidelidade cada dia
que passa.
IX
Ainda, o Professor McDonald engana-se, simplificando demasiado
as razões do apoio dos gentios aos judeus. Além de Bush e
Ramsfield, além dos carreiristas, há bons não-judeus que apoiam
os judeus, do mesmo modo que há judeus tresmalhados e ‘judeus
não-judeus’, segundo a definição de Isaac Deutscher. Isto é
devido à natureza contraditória das tendências centrifugas e
centrípetas dentro da comunidade judaica. Pelas suas respostas
individuais aos encontros com não-judeus, os judeus
classificam-se em judeus da periferia e judeus do núcleo. Os
judeus da periferia tentam deixar a comunidade, casando-se fora,
adoptando o Cristianismo, o Comunismo ou outras fés, procurando
a comunhão com Deus. Os judeus do núcleo proclamam a primazia da
comunidade em permanente guerra contra os goyim. Nos
milénios da velha guerra, o Cristianismo tenta desfazer o
Núcleo, enquanto que a Judiaria tenta desfazer a Periferia.
É por isso que há duas espécies de ‘filo-semitas’. Uma delas, os
bons gentios, procuram uma nova casa espiritual. Eles são
influenciados pelos textos positivos da Bíblia, pelo ‘ama o teu
próximo’. Eles gostam do espírito de comunidade, da pertença e
da tradição que os judeus exalam. Eles gostam dum ligeiro toque
de ‘exterioridade’ que atrai as naturezas poéticas. Há muitas
pessoas que querem romper os cansativos laços estranguladores
dos seus círculos imediatos. James Joyce, o escritor irlandês,
via os judeus como uma saída do feudo sangrento dos britânicos.
Marina Tsvetaeva, a poetisa russa, sentia-se uma estranha na
suja estável família da classe média, e escreveu: ‘neste mundo
muito cristão, todos os poetas são judeus’. As encantadoras
personagens femininas das primeiras comédias de Woody Allen são
atraídas por esse eterno estrangeiro, o judeu.
Não é coincidência que tais pessoas usualmente se encontram com
judeus marginais na periferia exterior da comunidade judaica. O
judeu de Joyce era o escritor italiano Italo Svevo, o judeu de
Tsvetaeva era o espião comunista russo Sergey Ephron. O judeu de
Diane Keaton e Mia Farrow era este divertido externo, Woody
Allen. Como a periferia da comunidade judaica é bastante larga,
há sempre mistura com os melhores gentios tresmalhados.
O segundo conjunto de aliados consiste em duros homens de
negócios que apreciam o lado prático da ideologia judaica.
Gostam da ideia da Multidão, da procura do dinheiro, do
desrespeito pela moral e suas consequências sociais, e pela
propriedade e a própria vida dos outros. Gente, que vê em todos
os outros inimigos e a vida guerra eterna, nota que na ideologia
judaica ninguém é o ‘próximo’. É por isso que os chefes, os
príncipes e os reis mais cruéis eram aqueles que tomavam judeus
para seus conselheiros e ministros. Com eles aprendiam a
desprezar os seus súbditos. Tais indivíduos como Nero e Pedro o
Cruel, Conrad Black e Margaret Thatcher, os Padrinhos da Máfia e
os ditadores do 3º Mundo amavam os judeus do Núcleo (em oposição
aos Judeus Periféricos).
Assim, as boas pessoas têm os seus judeus, e as más pessoas têm
os seus judeus. Há um problema: os judeus das boas pessoas são
estrangeiros, enquanto que os judeus das más pessoas são os
poderosos líderes judaicos. E a fraternidade judaica é uma
estrutura hierárquica, fortemente influenciada pela sua
liderança autoritária. Involuntariamente, os bons judeus foram
usados pelos maus judeus. Albert Einstein rejeitou a comunidade
judaica, desaprovou o sionismo, nunca foi a uma sinagoga e era
um homem encantador. Mas as suas atitudes foram usadas pelos
maus judeus na promoção do seu próprio conceito.
Isso aconteceu porque demasiadas pessoas não se atrevem a
compreender: os judeus não
são um povo, nem uma religião, nem uma raça. São uma organização
quase religiosa; uma espécie de Igreja Católica misturada com o
FMI, como o browser e o mailer
[informática, motor de persquisa e enviador do correio]
estão misturados no Windows. Podem encontrar-se todas as
espécies de Católicos, mas as decisões são tomadas em Roma.
Podem encontrar-se todas as espécies de judeus, mas as decisões
são tomadas na Wall Street.
Lutando contra o Núcleo, é importante apoiar a Periferia. Era
essa a tradicional atitude da Igreja Cristã: combater a Judiaria
pela alma dos Judeus. Um zelote judeu, ‘Mad’ Goldhagen,
pretendia nos seus livros que a Igreja era ‘anti-semita’ e as
suas políticas levaram ao holocausto judeu. Nada podia ser mais
falso: a Igreja desejava corrigir a mente, não matar o corpo. Na
verdade, os verdadeiros interesses dos judeus e os judeus estão
em completo desacordo.
As elites judaicas sabem que o povo deve ter a sua
oportunidade, e eles tentam assegurar-se de que terá a
oportunidade errada. E assim os judeus mamonitas apoiam os
zelotes sionistas. Eles querem que nós judeus façamos a escolha
entre dois males,. Os Zelotes e os Mamonitas. Mas existe também
“a terceira filosofia”. Os seus adeptos acreditam na grande
fraternidade da humanidade, e rejeitam tanto o ódio dos zelotes
como o impulso dos Fariseus para o domínio mundial. Eles podem
aderir a diferentes escolas políticas e religiosas, à esquerda
ou à direita do mapa político, acreditar em Cristo ou em Allah,
Lenine ou Chomsky, na Nova Idade ou Buda, na Arte ou no Amor.
Eles são o remanescente do Israel proclamado por S. Paulo. Na
sua imersão na humanidade as palavras de Cristo serão cumpridas:
uma semente que morre, vive. Uma semente que vive, morre.
A história da Morte e Ressurreição tem este significado místico:
não tenhais medo da morte e desaparecimento, pois esse é o modo
da vida. Os judeus que morreram como judeus ficaram vivos.
Depois que a cortina desceu sobre a comunidade judaica em
Espanha, Santa Teresa de Ávila e S. João de Deus morreram como
judeus e ficaram vivos para sempre. Os nomes dos exilados que
foram para Amsterdão e Marrocos foram-se e estão esquecidos:
permaneceram judeus enquanto vivos, depois morreram para sempre.
Isto aconteceu de novo em 1917 na Rússia: os que ficaram judeus
morreram para sempre; os que abraçaram a revolução vivem para
sempre.
XIII
Um pouco antes do 11/9, um grupo de congressistas americanos
visitou a Palestina, e um deles fez notícias. Era a congressista
Shelley Berkeley (uma Democrata de Nevada), que disse ao
ministro palestino Saeb Erakat: “Este é o nosso país; nós
ganhámos a guerra. Se os Palestinos não gostarem de viver sob o
governo judaico, eu não os impediria de saírem.”
Quem são os ‘nós’ da Hon. Shelley Berkeley? Ela certamente não
quis dizer “nós Americanos”, ou “nós os Nevadenses”, que a
mandaram para Washington. Nevada nunca fez uma guerra no Médio
Oriente, tanto quanto eu sei. Alguma pessoa ingénua
provavelmente responderia “Israel”, e até a acusaria de
”lealdade dúplice”. Críticos severos a censurariam de trair o
seu eleitorado mudando a sua fidelidade para um país
estrangeiro. Mas seria uma interpretação desonesta. Miss
Berkeley nunca mudou de fidelidade. Juntamente com muitos
membros do Congresso e do Senado, ela tem uma única fidelidade,
que é à causa judaica.
Faz sentido Miss Berkeley. Se os Nevadenses e outros americanos
não se importam de viver sob forte influência judaica, por que
razão haveriam de importar-se os Palestinos? Os Americanos
aparentemente não se importam que a sua riqueza seja gerida
pelos grandes bancos de investimento, sob a umbrela do
Federal Reserve do Sr. Greenspan. Jesus economiza, mas
Moisés investe. A influência judaica não pára onde pára o
buck (dólar). Os ideais dos Americanos são formados em
Hollywood com o seu culto da ganância e do sucesso. Os seus
pensamentos são fornecidos pelos pânditas judeus das
universidades e media. A sua história encolheu-se para o
estudos do Holocausto. Os seus livros são escritos por Bellow e
Malamud. Os Americanos não se importam que a sua política
esteja nas mãos de gente cuja única devoção é a causa judaica.
Se eles não se importam, por que razão me importo eu, judeu
israelita, em vez de sentir orgulho por este grande feito dos
meus irmãos judeus americanos? Afinal, não é feito pequeno a
conquista da única super-potência sem disparar um só tiro. Isto
não é uma questão de retórica, e tem uma resposta que não é
“auto-ódio”. Eu sinto-me perfeitamente confortável comigo mesmo
e com a maioria dos judeus que encontro. Isoladamente, nós somos
simpáticos e amorosos. Bem, tão simpáticos como quaisquer
outros. Mas juntos, formamos uma máquina social formidável e
repulsiva, tendente à diabólica captura do poder e à ganância.
Eu gosto dos “judeus” tanto quanto o grande americano Henry
Thoreau gostava do Império Americano, como Voltaire gostava da
sua Igreja Católica, como Orwell gostava do Partido de Estaline.
A Judiaria tornou-se adversária dos judeus em Israel: os
israelitas que gostariam de viver em paz com os seus vizinhos
palestinos, em paz com as igrejas e mesquitas, não podem opor-se
ao rude músculo da liderança judia americana. Os bons israelitas
e seus aliados palestinos não conseguem vencer, a não ser que
este poder seja contido. Numa história nórdica, o herói-deus
Thor veio a Utgard para provar o seu poder. Os deuses de Utgard
desafiaram-no a beber de um corno. Ele tentou e não conseguiu: o
corno estava em comunicação com uma fonte. Somente cortando esta
comunicação, poderia ele vencer o desafio. Se vós, meus leitores
de além-mar, bloquearem o mar do apoio judaico no estrangeiro,
nós, Israelitas e Palestinos seremos capazes de alterar as
coisas no solo. Os apoiantes do estado judaico no vosso meio
devem ser contidos, para vosso e nosso bem.
X
Há alguns meses, as minhas viagens levaram-me à bacia do
Amazonas, à selva peruana profundamente recortada pelo Rio de la
Madre de Diós. Neste remoto lugar, pequenas linhas de água
meandram durante quilómetros entre florestas infindáveis,
navegáveis apenas por pequenas pirogas. Depois de uma longa
navegação a partir de Puerto Maldonado, o meu guia nativo
levou-me até ao Mundo Perdido de múltiplos papagaios de variadas
cores e de simpáticos macacos que se empoleiravam no meu ombro.
Num estreito carreiro, reparei numa árvore gigante. Era maior do
que qualquer outra árvore da selva. As suas enormes raízes
espalhavam-se por muitos metros. Era a árvore-telégrafo,
disse-me o guia, e ele bateu no tronco da árvore monstruosa que
ressoou com um som cavo através da selva. O gigante era oco.
Olhei para ela com atenção e notei uma coisa que me escapara:
uns sete metros acima do solo, outro tronco, uma palmeira em
parte digerida, saía da cortiça macia que a abraçava. A
árvore-telégrafo era um monstruoso parasita, que crescia duma
palmeira. O parasita não tinha tronco próprio, mas envolvia a
árvore e crescia nela, eventualmente bloqueando-a e
digerindo-lhe os sucos vitais. A árvore apodrecia dentro da sua
casca, e o tronco oco subia a novas alturas, criando um
perfeito tambor para os índios locais.
Era uma imagem viva dos Estados Unidos da América, este tronco
enorme e oco, que se ergue acima da floresta das nações, mas
morto por dentro. O Império Americano entrou no seu período de
decadência. O dólar é ainda a moeda internacional, o exército
americano ainda é a formidável máquina de guerra, o mercado
accionista ainda funciona até aos triliões, mas o grande estado
do Ocidente é uma nulidade espiritual. A vida política nos US
entrou no crepúsculo reminiscente dos Reis Merovíngios. Para um
estrangeiro, é difícil compreender que esta nação de 275
milhões não pudesse escolher melhores governantes do que os dois
idiotas Bush e/ou Gore. Ambos parecem ser mentalmente fracos,
com falta de conhecimentos básicos e totalmente desprovidos de
vontade política. Provavelmente, uma cidade média poderia
apresentar melhores homens que estes dois.
O declínio político geral é acompanhado por fraqueza mental. A
América dos media de massas e da vida pública é tola. Não
há livros novos importantes comparáveis aos da América anterior
à guerra. A TV US é um insulto à inteligência humana. Os museus
estão cheios de sucata ferrugenta e de videotapes que pretendem
ser arte americana. A tomada do poder pelos judeo-mamonitas
eliminou as forças vivas da América e desviou-a para o consumo.
XI
O espírito ‘judaico’ da América, denunciado por Marx, foi
glorificado e exaltado por um jornalista judeu americano, Philip
Weiss (NY Observer, 22/1/2001):
Ninguém pode falar
alto a respeito do que todos sabem baixinho: os Judeus mudaram a
América. O movimento dos direitos civis reflecte os valores de
justiça judaicos. O feminismo é um reflexo dos valores
matriarcais liberais judaicos. Os judeus cada vez mais poderosos
nos media introduziram a idade da informação. Os judeus
psicologicamente afinados e os judeus de Hollywood mudaram a
linguagem da cultura popular – Seinfeld, Weistein. E a nova
ênfase na realização educacional em toda a nossa sociedade
reflecte o amor judeu pela aprendizagem. E ainda não falei em
finanças ou lei... Estas tendências fizeram da América um lugar
mais belo e mais criativo Os judeus promoveram a separação da
igreja do estado. A enormemente diminuída influência da igreja
nos costumes do público não aconteceu sem os judeus
secularizados terem ganho poder cultural. E ninguém fala nisto.
A mudança mais importante na cultura do regime dos últimos 25
anos, e ninguém fala nisto.
Esta presunçosa auto-adoração de Weiss pede alguma sobriedade.
Estas mudanças podem ser vistas a uma luz menos ditosa. Os
judeus mudaram a América durante os últimos 25-30 anos, diz
Weiss. Estes foram os anos dourados dos judeus americanos, em
que a sua parte de poder e influência cresceu. Mas estes anos
foram bastante maus para os americanos não-Eleitos. Um
semanário britânico, o Economist, ardente apoiante do
neo-liberalismo, reportou recentemente (16/6/2001):
A fenda entre os
pobres e os ricos está alargando-se. Na América, nos últimos
vinte anos, o rendimento médio da quinta parte mais rica da
população aumentou de 9 para 15 vezes o rendimento médio do
quinto mais pobre. Em 1999, a desigualdade nos rendimentos
atingiu o seu maior valor em 40 anos.
O crescimento da influência judaica foi acompanhada de
divergência: os ricos tornaram-se mais ricos, os pobres mais
pobres, e a classe média perdeu. Seria de esperar, pois
tradicionalmente a prosperidade da comunidade judaica corre
contra os interesses do povo comum. A Bíblia fornece-nos uma
história arquetípica de Josué e seus irmãos, que prosperaram
escravizando os egípcios comuns ao Faraó. A comunidade judaica
manteve-se ao lado do rei contra o povo comum em Espanha no
tempo de Don Pedro, o Cruel, e na Polónia e na Ucrânia do século
XVII. Não era em vão que as vizinhanças judaicas eram
localizadas perto dos palácios reais em qualquer parte da
Europa.
Os ‘judeus cada vez mais poderosos dos media’ ocupavam-se na sua
habitual maledicência: glorificando Israel, queixando-se do
Holocausto judaico, apoiando cada caso porco desde o assassínio
de massas no Iraque até ao bloqueio do desenvolvimento dos
negros nos US. Com os judeus, Hollywood fez o cinema americano
ainda mais violento, moralístico, repulsivo e bronco. Há um bom
judeu no cinemas, Woody Allen, mas não está em Hollywood e
sempre foi considerado anti-semita. Na lei, o advento dos judeus
não fez da América uma sociedade mais justa, mas antes mais
litigiosa. ‘Um advogado judaico’ veio para tornar-se o
espantalho para assustar as criancinhas à noite. A ’separação da
igreja da sociedade’ pode considerar-se a sua forçada
descristianização e despiritualização.
XII
Os US tornaram-se um estado judaico em mais de uma maneira. Tem
as mesmas inspecções de segurança, os mesmos museus do
holocausto, a mesma pobreza para muitos e a mesma riqueza para
alguns, como Israel. Esta semelhança é sentida do mesmo modo
pelo seu amigo e inimigo, ao mesmo tempo. David Quinn (Blaming
America, Irish Edition,Sunday Times) escreveu no Sunday
Times que o sentimento da rejeição dos intelectuais
irlandeses às políticas americanas é “tão forte, tão palpável,
tão irracional (!?), que me fez lembrar nada mais que
anti-semitismo”. Quinn continuou:
“Os Americanos são
como os Judeus em terem-se tornado bodes expiatórios de eleição
para metade do planeta. Os Judeus foram acusados de controlarem
as finanças mundiais; também o são os Estados Unidos. Os Judeus
foram acusados de promoverem a decadência pelo seu controlo da
cultura e das artes. Também o são os Estados Unidos. Os Judeus
foram acusados de darem ao seu poder um uso nefasto. Também o
são os Estados Unidos”.
“Dados o poder e a
riqueza da América, e a força do seu lobby judaico, no
Médio Oriente foi extremamente simples misturar o
anti-americanismo com o antiquíssimo anti-semitismo para
produzir uma mistela verdadeiramente venenosa. Dezenas de
milhões de pessoas embeberam-se desta mistura e estão agora
cheios de um ódio pela América tão forte como o de muitos
alemães na república de Weimar.
“Osama Bin Laden e
seus seguidores seguiram o seu ódio até à sua conclusão lógica,
precisamente como fez Hitler: se a América é culpada dos
problemas mundiais, então ela e o seu povo devem ser
erradicados”.
Este artigo é importante, pois mostra o subconsciente de um
adepto do Judeo-Americanismo. Quinn apela aos judeus e
neo-judeus: apoiar a América, pois a América é um estado judeu
que carreia a política judaica e provoca a normal reacção
anti-judaica. Quinn considera os Judeus e a América idênticos,
e usa os muitos clichés da propaganda neo-nazi.
Um desses clichés é que a rejeição da política
judaica/americana seja ‘irracional’, pois há um princípio de fé:
“tu não tentarás compreender por que a tua política provoca
rejeição”. Elie Wiesel, o profeta do holocaustismo, recita em
todas as ocasiões: ‘totalmente irracional... nenhuma
explicação... nenhuma razão, apenas ódio puro de toda a gente
pelos judeus’, e o rabi Tony Bayfield repete-o com a usual
veemência judaica (Guardian,15/9/2001):
”Eu fervo de raiva
quando alguém se atreve a sugerir, de qualquer modo, que tais
actos (ataque ao Pentágono, etc.) são até explicáveis, e até
justificáveis.”
Sem conhecer o rabi Bayfield pessoalmente, atrevo-me a fazer uma
hipótese. Se se lhe mencionarem Deir Yassin, ou o genocídio no
Iraque, ele ferverá de raiva: Como se pode comparar! Ele achará
estes assassínios em massa justificáveis, pelo menos
explicáveis. Mas sempre que os judeus sofrem, isso não pode ser
explicado nem compreendido, a não ser por meios místicos.
Quinn, como qualquer neo-judaico apologista, nega o inegável.
Para ele, a América não controla as finanças mundiais, é
acusada disso. Provavelmente, a América é somente acusada
de ocupar uma grande parte da América do Norte. Na mente de
Quinn, ela vive numa pobre casa, num pequeno schtetl.
Não tenho qualquer ideia da origem de David Quinn, mas ninguém
pode ser mais judeu do que ele.
Para Quinn, cada inimigo da supremacia judaica/dominação
americana é um novo Hitler que quer matar todos os
judeus/americanos. Nasser era um Hitler quando nacionalizou
Suez, Arafat era um Hitler e Beirut o seu bunker. A
Rússia Soviética era o mesmo que a Alemanha Nazi desde o momento
em que Moscovo completou a sua parte em vencer Hitler. Osama Bin
Laden, ou ‘dezenas de milhões de pessoas no Médio Oriente’
tornaram-se um novo Hitler. A ideia por trás desta comparação é
que essas ‘dezenas de milhões’ de muçulmanos deviam ser tratadas
como Hitler e os seus ‘muitos alemães na República de Weimar’.
O discurso judeo-americano herdou esta ideia de demonisação do
seu predecessor judaico. A introdução de fúria, ódio e vingança
numa discussão do adversário é uma tradicional arma ideológica
judaica. Nunca se vira para dentro da comunidade, mas é usada
fora dela. A demonisação e a fúria causam uma natural sordidez e
uma parcialidade no discurso e eventualmente destroem a
sociedade. O rabi Shmuel Boteach da Universidade de Oxford
apresentou esta abordagem judaica na sua peça muito
apropriadamente intitulada A Time to Hate (Um Tempo para
Odiar) (http://www.arutzsheva.org).
A resposta apropriada
aos brutos cobardes que perpetraram os horrorosos ataques contra
a América é odiá-los com toda as fibras do nosso ser e
purgarmo-nos de qualquer parcela de simpatia que procurasse
compreender os seus motivos. O ódio é uma emoção válida...
Contrariamente ao Cristianismo, que advoga apresentar a outra
face à beligerância e a amar os maus, o Judaísmo obriga-nos a
desprezar e a resistir aos maus a todo o custo. Para nós
estender o perdão e a compaixão aos “pecadores” em nome da
religião não só é insidioso como é um acto de troça a Deus, que
tem piedade por todos, mas contudo pede justiça para os
inocentes. A única resposta a Hitler é total desprezo e ódio
violento. A única maneira de reagir ao mal incorrigível é fazer
uma guerra incessante contra ele até que esteja completamente
erradicado da terra. Mantenho que qualquer cultura que não odeie
Hitler e a gente da sua laia é uma sociedade sem compaixão. Na
verdade, mostrar amabilidade ao assassino é violar outra vez a
vítima. Assim, no interesse da justiça, a resposta apropriada à
pessoa malvada é odiá-la com todas as fibras do nosso ser e
esperar que ela não tenha descanso, nem neste mundo nem no
outro.
XIV
Na luta de ideias, existe uma formidável arma de destruição de
massas: a demonisação do adversário. Teologicamente chama-se
heresia maniqueísta. Não há melhor arma sistemática se se
tenciona destruir a sociedade. Não devemos dividir os povos em
Filhos da Luz e Filhos da Escuridão.
Os Judeus habitualmente são muito tolerantes das ideias
produzidas dentro da comunidade. O fundador do Sionismo, Theodor
Hertzl, era tudo menos um piedoso judeu. Os judeus religiosos
não gostavam dele. Contudo, quando um rabi era solicitado a
falar bem dele, encontrava sempre boas palavras: Theodore Hertzl
nunca falava de coisas mundanas numa sinagoga, nunca entrava
numa toilette se usasse filactérias, nunca estudava o Talmude na
véspera de Natal. A verdade é que Hertzl nunca entrava numa
sinagoga, nunca usou filactérias, nunca estudou o Talmude, ponto
final. De igual modo, os judeus eram muito tolerantes com Leon
Trotsky, o comunista, e com Yair Stern, o apoiante nazi, pois
sabiam que toda a ideia tem os seus elementos positivos. Hoje em
dia, o líder da oposição esquerdista Yossi Sarid era amigo do
ministro judeo-nazi assassinado Zeevi e comoventemente
elogiou-o.
Mas no mundo exterior, os Judeus usualmente oferecem a ideia dos
eternamente abençoados contra os eternamente condenados, da
raiva efervescente, da ira e da vingança. Afim de se restaurar o
equilíbrio do espírito, esta tolerância interna judaica devia
ser universalizada, e a externa intolerância rejeitada.
O pensamento judeo-americano continua a produzir intolerância
para consumo externo. Ronald Reagan chamou à Rússia o “Império
do Mal”. Bush chamou a Sadfdam Hussein “Hitler”. Barbara Amiel,
mulher e luz guiadora do magnate dos media Lord Black,
observou que agora Israel e os Judeus são apresentados como um
Império do Mal.
Errado, Sr.a Amiel: não há Impérios do Mal, mas apenas aqueles
que não são refreados.
A Rússia Soviética não era um Império do Mal, nem o era o
Comunismo corporizado em Estaline e o Gulag. Sholokhov. Block,
Pasternak, Esenin, Maiakovski e Deineka abraçaram a Revolução e
exprimiram as suas ideias em arte. Foi uma terra da grande
experiência, parcialmente bem sucedida, na igualdade e
fraternidade do Homem, de uma valente tentativa de derrotar o
espírito da Ganância. Os comunistas e seus apoiantes tentaram
libertar o trabalho, trazer sobre a terra o Reino dos Céus,
eliminar a pobreza e libertar o espírito humano. O Comunismo fez
avançar a democracia social da Europa.
A Alemanha não era um Império do Mal, nem o era o espírito do
tradicionalismo orgânico corporizado por Hitler e Auschwitz. Os
Tradicionalistas tentaram estabelecer um paradigma alternativo
baseado em Wagner, Nietzsche e Hegel, e ir até às raízes e
tradições do povo. Não foi em vão que os melhores escritores e
pensadores da Europa, desde Knut Hamsun até Louis Ferdinand
Celine até Ezra Pound até William Butler até Heidegger viram um
elemento positivo na abordagem orgânica tradicionalista. Se a
Rússia e a Alemanha não tivessem sido diabolizadas, é bem
possível que não as teríamos visto chegarem a tais extremos.
Temos de restaurar o equilíbrio de espírito e discurso perdido
após a Segunda Guerra Mundial, devido à vitória demasiado
completa do pensamento burguês ‘judeo-americano’. Condenando
excessos e crimes de guerra, devemos recuperar o reino do
espírito de Maiakovski a Pound. Não há homens malvados, fomos
criados à imagem de Deus, e todas as ideias são necessárias para
se produzir novo pensamento.
Os dois grandes protagonistas das décadas de 30 e 40 cometeram
muitas atrocidades, mas quem estiver livre do pecado, lhes
atire a primeira pedra. Após os massacres de Dresden e
Hiroshima e de Deir Yassin e Jenin, não há muitos que aceitem o
desafio. Eles deviam ser desdiabolizados, pois a sua
diabolização cria um perigoso desequilíbrio de ideias.
Não devíamos também diabolizar os seus adversários. A América
não é um Império do Mal. Ela pode e deve regressar ao seu bom
senso. O espírito americano de empreendimento, inventividade,
confiança em si, liberdade sem freios e democracia deve ser
conservado como uma qualidade humana valiosa.
O Povo Judaico não é um Império do Mal. Bons organizadores e
embaixadores, tenazes e devotos, facilmente motivados,
excitáveis, pensadores de primeira classe e bravos soldados,
viajantes ligeiros, compassivos e alegres; os Judeus são
necessários para a prosperidade da humanidade.
Mas cada uma destas abordagens pode destruir o mundo se deixada
sem controlo.
Os Sovietes mataram e exilaram milhões no seu impulso para a
demolição da Velha Ordem. Arruinaram velhas igrejas,
desenraizaram camponeses e apoiaram a uniformidade tanto quanto
os seus antagonistas americanos. Os Nazis deflagraram a guerra
mais terrível no mundo e mataram milhões de eslavos e judeus.
Agora, as forças judeo-americanas saíram das suas charneiras
pelo sucesso das suas vitórias de 1945 e 1991. Eles entendem-nas
como licença para levar o mundo à perdição. O seu programa de
globalização eliminaria toda a beleza e qualidade específica do
mundo, mataria o espírito, minaria a arte, desfaria as
conquistas sociais, dividiria a humanidade em Donos e Escravos.
Onde quer que vão, velhos cafés e restaurantes desaparecem e
tomam o seu lugar Starbucks e McDonalds. Os trabalhadores perdem
os seus lugares de trabalho, os museus ficam cheios de lixo, a
arte é substituída pela TV. Contudo, eles devem ser contidos,
não destruídos.
Habitualmente, discutimos a guerra como conflito de interesses
de estado. Mas a infindável Segunda Guerra Mundial foi também
guerra de ideias. Foi um erro e desnecessária, pois as ideias
devem coexistir em interacção permanente, como Yin e Yang, ou as
forças feminina e masculina. A ideia judeo-americana emasculará
o mundo, se for deixada sem controlo. Esta emasculação é
fortemente sentida nos Estados Unidos, onde os homens já não
se atrevem a ser homens. Eles podem ser processados se olharem
para uma rapariga, e processados se não olharem para uma
rapariga. Em Beowulf, o grande poema épico
anglo-saxónico, uma rainha cruel mata todo o homem que se
atreva a olhar para ela. Mal sabiam que o espírito da rainha
cruel dominaria supremo no mundo.
A ideia judeo-americana tem uma ligação forte com a vida
biológica, mas rejeita o espírito. Não é por nada que nenhumas
grandes peças de arte, nenhumas novas grandes ideias tenham
aparecido sob o seu domínio. Por outro lado, as tendências
puramente masculinas dos seus opositores eram também perigosas
para a sobrevivência da raça humana.
Os três adversários do último século tiveram uma característica
comum: eles rejeitavam Cristo, a base da nossa espiritualidade.
Nenhum dos grandes líderes da IIGM se voltaram para Deus. Os
Americanos têm e os Comunistas tinham medo de mencionar Cristo
para não serem ridicularizados ou censurados pelos judeus. Os
nazis eram fortemente anti-cristãos, e entretinham-se com o
oculto. Este é o quarto elemento que falta para a restauração do
equilíbrio.
Assim, devíamos procurar uma síntese das quatro tendências: o
orgânico amor nativo pela natureza, a tradição e as raízes
locais, a justiça social comunal para toda a humanidade; e a
espiritualidade. Elas apresentariam o novo significado da Cruz,
e levariam a humanidade para a sua unidade em espírito,
preservando a sua bela variedade.
XV
Muitos estudiosos da Subida dos Judeus encontram uma
dificuldade. Os seus instintos darwinistas levaram-nos a
presumir as melhores qualidades dos Judeus que os levaram ao
sucesso. McDonald chegou à conclusão de que os Judeus possuem
uma inteligência superior, resultado da eugenia e cuidada
reprodução. Eu senti-me orgulhoso ao ler o seu trabalho, até que
olhei em volta para os Judeus reais, meus vizinhos. O seu
conceito não resistia ao encontro com a realidade. Se não é uma
inteligência superior, então que é?
O erro dos darwinistas está na sua incapacidade de ver o sucesso
como uma função da sociedade. Nas comunidades tradicionais
gentias, o modelo do sucesso era fornecido pelo poeta, pelo
santo, pelo artista, pelo guerreiro heróico ou pelo bom
trabalhador ou camponês, pelo homem que fazia a vida melhor para
os outros. Para os Gregos de Homero, os bons desportistas,
navegantes, poetas, músicos e dançarinos eram os modelos para o
sucesso, como podemos aprender da maravilhosa utopia dos Feaces.
Este povo idílico, como o folgazão estudante de Oxford de
antigamente, desprezava um negociante e preferia um bom
velejador.
Segundo os Judeus, há dois conceitos diferentes de sucesso. Um,
o sucesso dentro da comunidade judaica, que é conseguido
estudando o Talmude. O outro, o sucesso no Grande Mundo de
Judeus e Gentios. Este sucesso mede-se pelo inexorável amontoar
de dinheiro e poder.
Do ponto de vista judaico, os Judeus sempre tiveram sucesso,
pois sempre tiveram os dois tipos de êxito. Mas até
recentemente, o sucesso externo judaico não era considerado
sucesso pelos gentios. Sempre houve gentios que compartilhavam
das suas ideias, mas, fossem eles Richard III ou Harpagon, esses
eram considerados monstros mais do que modelos de sucesso. No
século XIX, foi conseguida a massa crítica de monstros e deste
modo nasceu o mundo mamonita. Participando activamente no
discurso (media + universidades), os pensadores e
ideólogos judaicos propagandearam a ideia mamonita do sucesso e
fizeram-na o primeiro padrão na sociedade ocidental. Os modernos
Harpagon e Richard, seja eles Iacocca ou Soros, são geralmente
aprovados na nova sociedade formada pelos mestres do discurso
mamonita. O mundo ocidental tornou-se judaico, como afirmou
Marx, e adoptou a ideia judaica do sucesso. Em palavras simples,
os Judeus não se ‘tornaram bem sucedidos’, antes, o seu
comportamento normal tornou-se uma norma de sucesso.
Se o discurso dos Estados Unidos tivesse sido transferido para
mãos africanas, é possível que os bons desportistas e os bons
músicos fossem hoje os bem sucedidos, enquanto os advogados e os
banqueiros seriam considerados falhados. Para o futuro da
humanidade teria sido melhor do que a actual adoração do
dinheiro e do poder.
XVI
Mesmo o sucesso material dos Judeus não foi conseguido por
milagre. Uma explicação tentativa foi oferecida por dois
directores e produtores israelitas, Menachem Golan e Yoran
Globus. Gente de magros talentos, cujas realizações
cinematográficas ficam estritamente na classe B, eles fizeram
fortuna em Hollywood e produziram muitos filmes de baixa
categoria até que sofreram um contratempo. A sua chave do
sucesso estava na exibição dos filmes em cadeia de cinemas.
Golan e Globus compraram cinemas por toda a Inglaterra e Reino
Unido, e neles exibiam os filmes da sua escolha, que eram
invariavelmente (ou quase) péssimos, pois eles não tinham gosto,
nem talento nem habilidade. Diziam eles: Se tu tens uma cadeia
de cinemas, não tens de te preocupar com a qualidade dos filmes.
A globalização e a criação de cadeias é a maneira de se evitar a
competição pelo mérito. Em vez de se abrir um café melhor, é
mais fácil comprar todos os cafés e transformá-los num Starbuck.
As pessoas terão de vir ao teu café.
A segunda razão do sucesso judaico é a nossa mútua
compatibilidade psicológica. Os adversários habitualmente
descrevem-na como a ‘maçonaria’ judaica, quase uma conspiração.
Mas é bem natural para os judeus gostarem de semelhantes coisas,
como os Ingleses gostam de bacon e ovos. Contudo, isso
cria um problema para o desenvolvimento humano. Em Praga dos
anos 20, havia dois igualmente bons mas muito diferentes
escritores, um alienado e abstracto judeu, Frantz Kafka e um
terreno comunista checo Jaroslav Hasek. Ambos são bons, ambos
são necessários ao desenvolvimento da humanidade, mas o génio
de Kafka é mais apreciado pelos judeus. Como há muitos mais
professores de literatura e editores de jornais judeus do que
checos, é natural que Kafka seja universalmente conhecido e
reconhecido, enquanto o nome de Hasek fique na Boémia. Mais
escritores imitam Kafka do que aqueles que simplesmente
considerem Hasek. Como resultado, a humanidade, não apenas a
América, se torna cada vez mais ‘judaica’. Como os escritores
sabem, eles têm de escrever dum modo mais ao gosto dos editores
e professores judaicos. De outro modo só podem esperar um
sucesso paroquial. Assim, sem qualquer conspiração, as normais
tendências humanas judaicas influenciam o espírito da
humanidade, eliminando a sua bela variedade.
Ora, estes problemas podem ser resolvidos. Embora alguma soma de
iniciativa privada seja boa, as cadeias de TV ou media
deviam ser banidas. Pode-se ser dono duma livraria ou dum cinema
ou dum café. Mas uma tentativa de comprar e estabelecer controlo
sobre um segundo devia ser objecto de um processo criminal.
Um inuit (esquimó) foi apanhado por uma locomotiva a
vapor quando visitava o continente, conta uma anedota do norte.
Sobreviveu ao acidente, mas desde então destrói toda a cafeteira
que encontra. Diz ele que as cafeteiras devem ser abatidas
quando ainda pequenas. Depois de ver a monopolização, devíamos
seguir o conselho do sagaz inuit. É melhor para nós ter
cem cafés diferentes do que cem Starducks.
O rendimento de uma pessoa devia ser limitado a um duplo salário
médio industrial, e se acima dessa soma as taxas deviam exceder
os cem por cento. Os privilégios dos directores deviam também
ser limitados severamente. Os media e o discurso em geral
devia ser libertado. Na área do pensamento humano, a tendência
bramânica dos Judeus devia ser tornada visível e confrontada. O
brâmane não é um inimigo, mas a sua tendência tradicional de
domínio devia ser contrariada por melhor visibilidade e
contabilidade.
Devia ser estabelecida uma comunhão de espírito proclamando a
nossa unidade. Ela implica rejeição de juros e de discriminação
racial. Santo Ambrósio, nos seus comentários sobre Deut. 23:19,
escreveu: “Daquele exigir usura que não seria crime matar. Onde
há o direito de guerra, há também um direito de usura”. As
pessoas que compartilham comunhão com seus irmãos e irmãs em
espírito não exigem usura. A escravatura foi introduzida pelos
Calvinistas e pelos Judeus na América do Norte, quando era
desconhecida nas terras onde a comunhão unia o povo numa só
Igreja.
No seu espirituoso Catch-22, Joseph Heller tem um general
que pergunta ao seu capelão com ar de desconfiança: “Os homens
alistados rezam ao mesmo Deus que nós?” Esta é a ideia do mundo
sem uma comunhão compartilhada. Não é sem razão que o Talmude
proíbe um judeu de beber vinho com um gentio, pois compartilhar
vinho é comunhão. Como o propósito da Lei Judaica era manter uma
guerra de baixa intensidade entre judeus e gentios, um judeu era
também proibido de fazer um empréstimo sem juros a um gentio.
Compartilhando a comunhão, a sociedade vence esta dificuldade.
Com isto, a Elevação dos Judeus se transformará na Elevação do
Homem…
A longa saga do povo judeu movimenta-se para um fim
desconhecido. Começou com a rejeição da comunalidade, e acaba
com a mesma questão outra vez. Se o Sionismo e seu irmão mais
velho, a Mamonite, vencessem em todo o mundo, eliminariam a
variedade, a piedade e o espírito. Se o espírito da comunalidade
vencer, as velhas profecias tornar-se-ão verdade. Diremos:
Sejamos de um só sangue, o Povo Palestino, descendentes de
Abraão, dos Israelitas, dos Apóstolos, os legítimos moradores da
Palestina, e seus parentes e amigos mais chegados, a errante
gente judaica, que regressaram como o Filho Pródigo à terra dos
seus pais. Os exilados filhos das aldeias palestinas, de Kakun e
Suba, regressarão e reconstruirão as suas arruinadas cidades,
para nunca mais serem erradicados (Amos 9:15). Na Terra Santa,
os dois ramos de um só povo, os Judeus e os Palestinos
unir-se-ão, se casarão entre si e criarão uma nova gente – como
os Normandos na Ânglia Oriental, na Sicília e na Normandia –
para nunca mais perturbarem a paz do mundo.¶
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