Mais um artigo de Israel Shamir,
de 29.12.2006, que, embora longo, me parece essencial para
compreender o que vai pelo mundo...
A Tirania do Liberalismo
O moderno Liberalismo é o paradigma
dominante nos EUA, e desempenha um papel importante na
Europa, na Rússia pós-soviética e noutros países. Esta linha
é pregada pela omnipotente máquina mundial dos meios de
informação, cujos elementos são ostensivamente
independentes, mas, contudo, transmitem a mesma mensagem
intitulada na mensagem de James Petras (1) como A Tirania
do Liberalismo. Uma “tirania liberal” pode chocar alguns
como oximoro (2), se não uma contradição de termos, pois
o Liberalismo apresenta-se como um terreno neutral de
liberdade mais do que uma ideologia e como árbitro do
pluralismo religioso e da liberdade, e não como uma
ideologia anti-religiosa. O Liberalismo é a ideologia que se
nega como tal; pergunte-se a um liberal e ele dirá que é
contra o predomínio de qualquer ideologia ou de qualquer
religião.
Na nossa tentativa de perfurar este verniz
protector, iremos aplicar algumas ideias do falecido
pensador alemão Carl Schmitt, que aprendeu o que é o
liberalismo pela dura experiência. Depois de a Alemanha ter
sido vencida e conquistada em 1945, Carl Schmitt viveu
durante algum tempo nas zonas de ocupação soviética e
americana, que tinham sido convertidas na República
Democrática Alemã e na República Federal da Alemanha. Na
base da sua comparativa experiência da ocupação, Carl
Schmitt notou que o Liberalismo Americano é uma ideologia
militante menos inclinada ao compromisso do que o Comunismo
Soviético. Os americanos exigiam que Schmitt provasse que
acreditava na Democracia Liberal, enquanto os russos nunca
lhe exigiram que jurasse sobre o Manifesto Comunista. Esta
experiência pessoal levou Schmitt a concluir que o Moderno
Liberalismo Americano não é um paradigma do
vive-e-deixa-viver, isto é, livre de ideologia. Pelo
contrário, ele é uma ideologia positiva, e uma ideologia
ainda mais perigosa do que o Comunismo que profundamente
detestava. Schmitt viu o tradicional equilíbrio de
poder ameaçado pelo triunfante novo e global
império aero-marítimo anglo-americano baseado numa ideologia
agressiva.. Por esta razão Schmitt deu bem-vindas à Guerra
Fria, pois ele pensava que a URSS era a única força capaz de
conter a pressão ideológica americana.
A maior parte dos académicos chegou tarde à
compreensão de que o Liberalismo é uma ideologia agressiva,
só quando os EUA fizeram as guerras contra o Iraque e o
Afeganistão para a consecução de certos objectivos
ideológicos. O liberalismo cultural e ideológico forçado
pelas armas americanas exigia que certos princípios fossem
implementados mundialmente. Estes princípios podem ser
descritos com termos positivos ou negativos: o cliente dum
restaurante e uma ostra descreveriam a chegada de Chablis e
do limão de modo diferente. Muito depende de quem é o
comedor e o comido:
¨
Direitos Humanos OU negação
dos Direitos Colectivos.
¨
Direitos da Minoria OU negação
dos Direitos da Maioria
¨
Propriedade não-governamental
dos media OU direito exclusivo do Capital de formação da
opinião pública
¨
Protecção ou direitos da
mulher OU dissolução da família
¨
Uniões homossexuais OU negação
da santidade do casamento
¨
Anti-racismo OU negação da
“necessidade de raízes”, na expressão de Weil (3)
¨
Auto-dependência económica OU
proibição da ajuda social mútua (em termos teológicos, o
ágape e a caridade)
¨
Separação da Igreja do Estado
OU liberdade de propaganda anti-cristã e proibição de
missionação cristã na esfera pública.
¨
Eleições populares do governo
(democracia), limitadas pelos eleitores e aceitação das
autoridades OU negação da autêntica auto-determinação.
Carl Schmitt postulou uma hipótese
importante: toda a ideologia é uma doutrina
cripto-religiosa, ou, nas suas palavras, “todos os mais
pressionantes conceitos de doutrina moderna são conceitos
teológicos secularizados”. Comparemos o Comunismo com o
Liberalismo à luz deste pensamento.
Embora se tivesse originado no Ocidente, o
Comunismo surgiu pela primeira vez na sociedade formada pela
Igreja Ortodoxa Russa, e tinha muitas características que se
esperaria encontrar numa Ortodoxia secularizada. Os poetas
sentiam-no bem e Alexander Blok cantou Cristo “com a
bandeira vermelha de sangue, invulnerável às balas,
drapejando acima da tempestade de neve, numa coroa branca de
rosas”, guiando os seus Doze Guardas Vermelhos. Nos últimos
dias dos soviéticos, os Russos proclamavam o princípio
cristão “O Homem é para o Homem um Irmão, um Camarada e um
Amigo”. Os comunistas russos desprezavam os confortos
materiais como os tinham desprezado os seus antecessores
ortodoxos e colocavam a sua sobornost’ (4)
(Catolicidade, ou reunião-na-Igreja) e solidariedade acima
de todas as outras virtudes.
A solidariedade e a catolicidade são
características compartilhadas pelas ideologias contra as
quais é hostil o Liberalismo. Na semana passada, Yehuda
Bauer, o director do Monumento de Yad Vashem (5), o Sumo
Sacerdote do culto do Holocausto, num discurso dado para
contrabalançar a Conferência de Teherão, disse:
“Há grandes
diferenças entre o Nacional Socialismo, o Comunismo
Soviético e o Islão radical, mas também há alguns paralelos
importantes. Os três são ou eram movimentos religiosos ou
quase religiosos. Sem dúvida, a quase religiosa fé na
ideologia nazi foi fulcral na existência e nas políticas do
regime, e foi a ideologia nazi o factor central que produziu
o Holocausto; o marxismo-Leninismo foi o quase religioso
dogma a que todos no império estalinista tinham de
ajuramentar-se. O mesmo se aplica ao Islão radical.
Isto é, sem dúvida, verdade, ou, à luz das
palavras de Carl Schmitt, um truísmo: se é uma ideologia,
tem raízes religiosas. Notaremos que Bauer não mencionou uma
importante ideologia, contemporânea com as outras três e em
guerra com elas. Apenas há cinquenta anos, os
Marxistas-Leninistas, os Nacional-Socialistas e os Liberais
começaram a exibir as suas diferenças nos campos de batalha
da Europa. Por que razão o Liberal Bauer se esqueceu do
Liberalismo?
Para além de ele ser pouco falador, a
significativa omissão de Bauer encerra uma importante
mensagem teológica. Um liberal coloca o liberalismo acima
das religiões e ideologias comuns; num plano mais elevado
que qualquer concepção ideológica e religiosa. Os adeptos de
qualquer ideologia que não seja o Liberalismo são
“totalitários” ou “fanáticos”, aos olhos de um liberal. Esta
atitude arrogante dos únicos possuidores da verdade faz-nos
lembrar a narrativa judaica do Velho Testamento, onde os
devotos de Um Só Deus se presumem estar num nível superior
ao dos “pagãos”. Teoricamente, esta atitude de superioridade
foi herdada pelas três grandes religiões da nossa
oikoumené (6): o Cristianismo Ocidental e Oriental e
também o Islão. Porém, ela não foi interiorizada. Um Cristão
Ortodoxo não se considerou um furo acima dos muçulmanos e
Católicos. Contudo, o Judaísmo moderno (muito divergente do
Judaísmo bíblico em outros aspectos) conserva esta
desagradável pretensão de superioridade do seu predecessor.
A relutância de Bauer de nomear a componente
religiosa do Liberalismo dá-nos a chave para qualquer coisa
que ele podia querer esconder. Mas eis aqui uma sugestão
adicional. Bauer continua a procurar paralelos nos três
movimentos visados.
“Todos os três têm
como alvo os Judeus, como seus principais ou imediatos
inimigos: os nazis assassinaram-nos, os soviéticos planearam
em 1952 deportar todos os judeus soviéticos para a Sibéria,
com a clara intenção de que fossem mortos. A mensagem de
genocídio da parte do Islão radical para os judeus é alta e
clara.”
Se Bauer acredita que a sua pretensão a
respeito dos nazis é tão verdadeira quanto à sua afirmação a
respeito dos soviéticos e dos muçulmanos, o seu lugar
deveria ser à cabeça da Conferência de Teherão como
principal negador do Holocausto. Se não acredita na sua
própria afirmação, ele é um mentiroso e um difamador. A
história dos “soviéticos planearem deportar os judeus” é uma
invenção israelita, tão falsa como uma nota de três dólares,
e já também totalmente desacreditada. Se Estaline e Hitler
pudessem ter lido a conversa de Bauer em 1940, eles não
teriam entrado numa guerra de aniquilação recíproca. Mas o
que é importante para nós é que Bauer imagina qualquer
movimento moderno de solidariedade como “anti-judaico”,
enquanto o Liberalismo é tão judaico como o ‘peixe
gefilte’(7).
Que é na verdade o Liberalismo? Alguns
académicos seguem Weber e descrevem o Liberalismo como
Protestantismo secularizado. Outros prestam atenção à sua
tendência anti-religiosa e anti-Igreja e vêem o Liberalismo
como Satanismo secularizado. O falecido Alexander Panarin
(8) considerava-o uma forma de idolatria baseada no “Mito
pagão dos Bens descontextualizados e seus Consumidores
dessocializados”.
Armado com o pensamento de Schmitt e as
palavras e omissões de Bauer, podemos concluir: a doutrina
da “democracia liberal e dos direitos humanos”, levada pelos
marines dos EUA para além do Tigre e do Oxus é uma
forma de Judaísmo secularizado. Considerando o predomínio
dos judeus nos meios de comunicação de massas e
especialmente entre os patrões dos media, é apenas
natural que a ideologia que eles promovem seja tão querida
aos corações judaicos. Os seus adeptos mantêm atitudes
clássicas, e a “singularidade de Israel” é um dogma desta
escola “não-religiosa”, quer na forma do “singular”
Holocausto, quer duma “singular” ligação à Palestina, ou dum
“singular” amor à liberdade e diversidade. Na verdade,
enquanto as mesquitas ardem na Holanda e as igrejas são
arruinadas em Israel, não há emoções excitadas comparáveis
com aquelas surgidas quando são pintados graffiti
numa parede de sinagoga. Os Estados Unidos avaliam os seus
aliados pelas atitudes tomadas em relação aos judeus. O
templo do Holocausto [“Museu”] fica ao lado da Casa Branca.
O apoio ao estado de Israel é condição sine qua para
os políticos americanos. Bauer descreve o horror duma
possível vitória nazi nestas palavras reveladoras: “Não
haveria judeus, porque seriam todos aniquilados. E isto
acabaria com a História como tal”. Por outras palavras, a
História aos olhos de Bauer respeita apenas aos judeus. Sem
judeus — não há História. O resto da humanidade não é mais
do que carneiros.
O Judaísmo secularizado não sente aversão ao
Judaísmo, e esta é a única religião protegida pelo
predominante discurso Liberal. Quando alguns russos tentaram
aplicar a Lei da Instigação ao Ódio às diatribes judaicas
contra o Cristianismo, eles foram condenados não somente
pelos corpos judaicos, mas também pela Casa Branca e ainda
pela Comunidade Europeia. Esta semana, um rabino de
Lubavitch (9) pediu que as árvores de Natal fossem retiradas
do aeroporto de Seattle até que fosse instalado um
menorah (10). O aeroporto retirou as árvores de Natal,
desculpando-se com a sua ignorância em “antropologia
cultural”. As escolas da cidade de Nova Iorque não permitem
qualquer referência ao Natal, mas celebram o Hanukkah (11),
o Ramadan e a tola Kwanza (12), porque são multiculturais,
enquanto o Natal não é. (Ver Vdare.com, que é uma boa
fonte para a guerra contra o Natal, estrenuamente negado
pelos media.) Toda a referência a Cristo é repelida
pela rede das organizações dos Direitos do Homem, ADL, ACLU
e outros promotores PC (13), que nunca fazem objecções aos
símbolos religiosos judaicos.
Quando a Ortodoxia secularizada, isto é, o
Comunismo Russo, conquistava países, ele compartilhava a sua
fé e recursos com os conquistados. Na verdade, a Rússia
Soviética era um fornecedor dos seus “satélites”, e gastou
fortunas apoiando Cuba, Alemanha de Leste, Hungria, Polónia
e os estados Bálticos. Depois de 1991, os estados
ex-soviéticos permaneceram donos de grandes empresas
industriais e complexos energéticos que não existiam antes
da sua integração com a Comunidade Soviética. Um dos chavões
propagandísticos de maior êxito dos destruidores da URSS era
“Chega de alimentar estrangeiros”.
O Judaísmo secularizado conquista países
para os roubar e destruir. Durante os quarenta anos de
domínio israelita na Palestina, nem um só edifício foi
construído pelas autoridades, mas milhares foram demolidos.
Embora completamente secularizado, o estado judaico
corporiza o medo e o ódio paranóico judaico contra os
estrangeiros, enquanto as políticas cabalísticas do
Pentágono são outra manifestação do mesmo medo e do mesmo
ódio à escala global. A secular jihad judaica no
Iraque fez da Mesopotâmia uma terra devastada. Países que
tinham sido completamente submetidos aos Liberais — como
Haiti, e o Malawi — são agora os mais pobres.
Alto lá! — dirão vós. Mas que monte de lixo!
O Judaísmo é uma das grandes religiões monoteístas; os
judaístas acreditam no mesmo Deus que nós, Cristãos, e os
muçulmanos acreditam. Os judaístas são nossos camaradas na
luta comum contra a subversão ateia. O Judaísmo não tem nada
de comum com o culto da globalização materialística e
anti-religiosa, com o neo-liberalismo, a alienação
consumista, a negação das raízes, a destruição da família e
da natureza. Pelo contrário: o Judaísmo postula a
superioridade do espírito, a santidade da família, a
preservação da natureza. As comunidades judaicas são bem
conhecidas pela sua solidariedade e apoio mútuo, pela
tradição e comunhão das pessoas unidas em Deus.
Esta é uma objecção forte, e aparentemente
abala a nossa identificação do Liberalismo como Judaísmo
secular. Mas só aparentemente; pois esta objecção baseia-se
numa falsa premissa. O Judaísmo (como o deus romano Janus)
tem duas faces; uma voltada para os Judeus, e a outra
voltada para os Goyim, os não-judeus. Isso faz dois
conjuntos opostos de questões relativas a Judeus e a
Goyim. Esta é a diferença entre o Judaísmo, por um lado,
e o Cristianismo, o Islão e o Budismo, por outro lado. Estes
grandes credos não fazem questão de quem não é adepto,
excepto quando pretende fazer que ele se torne adepto. A
única coisa que a Igreja deseja de um não-cristão é que ele
se torne cristão. O Judaísmo não quer transformar um goy
num judeu. É quase impossível, quase proibido, e certamente
desaprovado. Mas o Judaísmo faz determinadas exigências a um
não não-judeu que tenha a desventura de estar sob o seu
domínio. Ele não deve imitar um judeu, e assim o goy
é proibido de ter religião, não pode celebrar as festas da
sua própria religião, não pode ajudar os seus irmãos, deve
ser um animal económico. O Judaísmo secularizado tende a ser
Judaísmo para os Goyim, pois o Judaísmo para os
Judeus tem um núcleo sacro.
Além disso, todas as ideias liberais que
descrevemos são próprias do Judaísmo para os Goyim.
A negação dos
Direitos de Grupo. No Judaísmo,
os Goyim não têm direitos colectivos. Os Judeus podem
participar na sociedade como grupo, mas os não-judeus devem
entrar como indivíduos, uma atitude de “Vós tendes direitos
individuais, nós temos direitos de grupo”. A propriedade
comunal dos goyim é considerada abandonada. No estado
judaico, os judeus livremente se apoderam de terras
pertencentes a Palestinos, como grupo; apenas a respeito da
confiscação das terras de palestinos particulares é que a
discussão é permitida. No Judaísmo Secularizado Liberal,
deve ser quebrada a solidariedade dos trabalhadores, os
sindicatos devem ser desmantelados, mas a solidariedade dos
ricos é permitida. A privatização é uma tal negação dos
direitos de grupo: se um bem não pertencer a um rico
particular, ele pode ser apropriado.
Direitos da
minoria e negação dos direitos da maioria.
No Judaísmo, uma maioria de não-judeus não tem direitos; mas
não é assim com os judeus, e isto foi inteiramente herdado
pelo Liberalismo. Na Rússia de 1991-93, vitória do
Liberalismo sobre o Comunismo foi obtida através da perda de
legitimidade dos media da Maioria: ela era chamada a
“agressiva e obediente maioria”, oposta à Minoria Iluminada.
Um discurso iluminado no Ocidente usualmente contém velada
referência a John Stuart Mill, Madison, Alexis de
Tocqueville e ao medo da tirania da maioria.
A propriedade
privada (oposta à pública) dos media, ou o direito
exclusivo dos ricos formarem a opinião pública.
Um jornal de propriedade pública é usualmente contrastado
com os “media livres”, como se um jornal pertencente
a um rico judeu fosse de algum modo mais livre do que aquele
que pertence ao estado, a uma igreja ou a um sindicato.
Os direitos das
mulheres e os direitos dos homossexuais.
O Judaísmo não reconhece a família do goy. Isto é
inteiramente herdado pelo Liberalismo: os liberais não
acreditam na família do homem não privilegiado e querem
desmontá-la.
O anti-racismo para um judeu é uma
ferramenta na sua luta natural contra a população indígena;
no paradigma liberal, o anti-racismo permite a importação de
força de trabalho barata para se minar os sindicatos e
operar mundialmente na corrida para o máximo abaixamento dos
salários. O judaísmo considera a assistência social uma
característica singular dum comunidade judaica, enquanto os
goyim não têm direito a tais prerrogativas como o
ágape (14) para a ajuda e protecção mútuas. Os liberais
estão activamente desfazendo a assistência social, excepto
se ela servir para apoiar as suas companhias e corporações
ou é uma política governamental para promover o apoio à
sublevação imigratória e demográfica como providência ad
hoc para minar as comunidades nacionais e dar uma
característica racial à política.
A liberdade da
propaganda anti-cristã. O
Liberalismo não combate o Judaísmo, mas conduz uma
implacável luta contra o Cristianismo. Na liberal América,
os juízes condenam a Igreja Católica pelos seus
ensinamentos, proíbem as árvores de Natal e editam um Bíblia
expurgada.
A Democracia.
No paradigma liberal, se se não está de acordo com as ideias
liberais, não se é considerado; e é activada uma defesa
contra a Tirania da Maioria. Se se concorda, não interessa
em quem se vota, pois o resultado será o mesmo. Chamam a
Israel “uma democracia”, embora a maioria dos seus “goyim”
não tenha direito a voto, e os que podem votar são mantidos
fora do poder, invocando-se a “maioria judaica”. As vitórias
democráticas da Hamas na Palestina e de Lukashenko na
Bielorússia foram consideradas ilegais; na Sérvia, as
eleições foram repetidas até que foram conseguidos os
resultados desejados.
Assim, chegamos a uma conclusão: o moderno
liberalismo americano é o Judaísmo secularizado para os
gentios, e não é a liberdade contra as pressões religiosas,
como os seus proponentes clamam.
Por que razão os EUA e a Grã-Bretanha
sucumbiram a esta estranha ideologia? Uma resposta provável
pode ser encontrada na história britânica. Estudos recentes
pelo Dr.
Mark Thomas, UCLA, apontam que nos V-VII
séculos, as tribos saxónicas pré-cristãs conquistaram a
Bretanha e criaram uma “sociedade apartheid” de
10.000 invasores no meio de 2 milhões de nativos (15). E
eventualmente procriaram mais do que os nativos: “Uma
pequena elite de invasores anglo-saxões podia ter
rapidamente se fixado, tendo mais filhos que sobreviveram
até à idade adulta, graças ao seu poder militar e vantagem
económicas. Também evitou que os genes nativos bretões
entrassem na população anglo-saxónica, restringindo os
casamentos inter-raciais num sistema de apartheid que
deixou o país cultural e geneticamente germanizado. Como
resultado, a Grã-Bretanha tem uma população largamente
germânica na sua origem, falando uma língua
predominantemente germânica” (16), escreve Thomas.
Assim, alguma população britânica tem uma
memória genética inserida a respeito duma bem sucedida
estratégia evolucionária, associada com apartheid e
com a aplicação dos princípios “judaicos”. Os Judeus não têm
a exclusividade de serem maldosos; e a bizarra intrusão
britânica com o mito das Doze Tribos tem mais a ver com os
saxões do que com os israelitas. Enquanto a Grã-Bretanha foi
católica e cristã esta tendência foi refreada; mas veio a
Reforma, seguida pela importação por grosso das ideias
judaicas do Velho Testamento, seguida pela importação da sua
leitura talmúdica vinda da Holanda durante a Revolução de
Orange. A barreira religiosa caiu, e a onda invasora
derrubou a Inglaterra tradicional. Neste grande acesso de
privatização, os senhores das terras dividiram, privatizaram
e isolaram os comuns. Como seus antecessores judaicos, não
fizeram caso dos direitos colectivos das classes
desfavorecidas nativas, os “goyim” da Nova Ordem. E
aplicaram a sua estratégia no País de Gales e na Irlanda, e
mais tarde na América do Norte e na Austrália, e provocaram
a extinção de milhões de nativos. Muitos britânicos,
americanos e australianos lembram-se da bem sucedida
estratégia; isso faz deles tão inclinados à política
filo-judaica e à aplicação de medidas quase-judaicas.
Certamente, a colonização e a formação duma
casta militar dominadora não ocorreram somente na
Grã-Bretanha. Há a Conquista Ariana na tradição indiana, ou
o domínio franco em França. Os Franceses resolveram o
problema pela Rasoira Nacional do Dr. Guillotin no Grande
Terror de 1793, onde a ideia de uma aristocracia de sangue
diferente foi intensamente explorada pelos revolucionários
da classe média. Ainda hoje, os nobres polacos pretendem que
são descendentes dos Sármatas (17) não-eslavos, em oposição
aos polacos comuns que são eslavos. Esta pretensão “sármata”
da nobreza polaca (que implica menosprezo pelos comuns
polacos, que seriam um povo alheio) foi uma razão importante
pela qual a Polónia tolerou e alimentou a maior comunidade
judaica jamais existente na terra.
Sempre que está na mó de cima, a doutrina
judaica secular liberal cria enormes cisões entre as castas
superiores e inferiores. Na verdade, nos EUA, 60 milhões de
americanos vivem com $7 por dia, enquanto uns poucos de
felizardos têm biliões que nem sequer podem gastar. Isto
representa uma estratégia muito bem sucedida para a minoria
dominante. Tão bem sucedida que eventualmente a maioria
dominada pode ter de aplicar medidas drásticas para moderar
o seu êxito. ¶
(1) James Petras
— Professor Emérito americano de sociologia. LUSO
(2) Oximoro,
gram. — reunião de termos que se contradizem.LUSO
(3)Pierre Weil? —
Alsaciano, nascido em 1924, vive no Brasil, onde é professor
universitário, escritor, educador, psicólogo. LUSO
(4)Sobor, em
russo, quer dizer ‘catedral’. LUSO
(5)Monumento aos
“Mártires do Holocausto”, construído em 1953 em Israel para
que as próximas gerações não esqueçam..., etc. LUSO
(6) oikomené =
(grego) toda a terra habitada. Daí, ‘ecuménico’.LUSO
(7)peixe gefilte
— especialidade culinária judaica, ‘Gefilte’ é palavra do
iidish, significando”recheado”. Cp. com o alemão “gefüllt” =
cheio. LUSO
(8)Alexander
Panarin, recentemente falecido, era professor de Ciências
Políticas na Universidade de Moscovo. Era altamente crítico
da globalização devido ao seu latente totalitarismo. Insiste
que os estados nacionais e a pluralidade de alternativas são
a esperança para o futuro. A tendência liberal que os EUA
querem impor ao mundo está destinada a falhar. LUSO
(9)Lubavitch -
movimento e filosofia judaica, nascidos na cidade russa
deste nome (“a cidade do amor fraterno”), palavra
provavelmente cognata de ‘amor’, (em russo, ‘liubov’). LUSO
(10)Menorah é o
candelabro de sete velas, símbolo tradicional do judaísmo.
LUSO
(11)Hanukkah, o
“festival das luzes”, é uma festa anual judaica que dura
oito dias. LUSO
(12)Kwanza é uma
festa afro-americana que dura desde o Natal até ao Ano Novo.
Não é o nome da moela angolana, mas sim uma palavra do
swahili.LUSO
(13)ADL = ‘Anti-difamation
League’, associação judaica que dizem ser “altamente
difamatória”; ACLU = ‘American Civil Liberties Union’,
possivelmente também judaica, combate as religiões,
particularmente o Cristianismo. Ser cristão assumido é hoje
um ónus na sociedade americana; PC = Personal Computer?
LUSO
(14) ágape =
palavra grega cujo significado original era amizade
fraterna, amor cristão. LUSO
(15) Os celtas.
LUSO
(16) Na verdade,
a influência do celta é diminuta no inglês. Importante é a
influência dos escandinavos (germânicos) e dos normandos
(germânicos) de língua francesa, a tal ponto que hoje o
inglês bem poderia considerar-se uma língua
latino-germânica. LUSO
(17)Povo,
provavelmente originário do norte do Cáucaso, aparentado com
os antigos arianos, seria também ariano de língua
indo-europeia, como os eslavos. Mas cada qual tem as sua
manias. LUSO