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Mais um artigo de Israel Shamir, de 29.12.2006, que, embora longo, me parece essencial para compreender o que vai pelo mundo...

 

A Tirania do Liberalismo

 

O moderno Liberalismo é o paradigma dominante nos EUA, e desempenha um papel importante na Europa, na Rússia pós-soviética e noutros países. Esta linha é pregada pela omnipotente máquina mundial dos meios de informação, cujos elementos são ostensivamente independentes, mas, contudo, transmitem a mesma mensagem intitulada na mensagem de James Petras (1) como A Tirania do Liberalismo. Uma “tirania liberal” pode chocar alguns como oximoro (2), se não uma contradição de termos, pois    o Liberalismo apresenta-se como um terreno neutral de liberdade mais do que uma ideologia e como árbitro do pluralismo religioso e da liberdade, e não como uma ideologia anti-religiosa. O Liberalismo é a ideologia que se nega como tal; pergunte-se a um liberal e ele dirá que é contra o predomínio de qualquer ideologia ou de qualquer religião.

 

Na nossa tentativa de perfurar este verniz protector, iremos aplicar algumas ideias do falecido pensador alemão Carl Schmitt, que aprendeu o que é o liberalismo pela dura experiência. Depois de a Alemanha ter sido vencida e conquistada em 1945, Carl Schmitt viveu durante algum tempo nas zonas de ocupação soviética e americana, que tinham sido convertidas na República Democrática Alemã e na República Federal da Alemanha. Na base da sua comparativa experiência da ocupação, Carl Schmitt notou que o Liberalismo Americano é uma ideologia militante menos inclinada ao compromisso do que o Comunismo Soviético. Os americanos exigiam que Schmitt provasse que acreditava na Democracia Liberal, enquanto os russos nunca lhe exigiram que jurasse sobre o Manifesto Comunista. Esta experiência pessoal levou Schmitt a concluir que o Moderno Liberalismo Americano não é um paradigma do vive-e-deixa-viver, isto é,  livre de ideologia. Pelo contrário, ele é uma ideologia positiva, e uma ideologia ainda mais perigosa do que o Comunismo que profundamente detestava. Schmitt viu  o tradicional equilíbrio de poder            ameaçado pelo triunfante novo e global  império aero-marítimo anglo-americano baseado numa ideologia agressiva.. Por esta razão Schmitt deu bem-vindas à Guerra Fria, pois ele pensava que a URSS era a única força capaz de conter a pressão ideológica americana.

 

A maior parte dos académicos chegou tarde à compreensão de que o Liberalismo é uma ideologia agressiva, só quando os EUA fizeram as guerras contra o Iraque e o Afeganistão para a consecução de certos objectivos ideológicos. O liberalismo cultural e ideológico forçado pelas armas americanas exigia que certos princípios fossem implementados mundialmente. Estes princípios podem ser descritos com termos positivos ou negativos: o cliente dum restaurante e uma ostra descreveriam a chegada de Chablis e do limão de modo diferente. Muito depende de quem é o comedor e o comido:

 

¨              Direitos Humanos OU negação dos Direitos Colectivos.

¨              Direitos da Minoria OU negação dos Direitos da Maioria

¨              Propriedade não-governamental dos media OU direito exclusivo do Capital de formação da opinião pública

¨              Protecção ou direitos da mulher OU dissolução da família

¨              Uniões homossexuais OU negação da santidade do casamento

¨              Anti-racismo OU negação da “necessidade de raízes”, na expressão de Weil (3)

¨              Auto-dependência económica OU proibição da ajuda social mútua (em termos teológicos, o ágape e a caridade)

¨              Separação da Igreja do Estado OU liberdade de propaganda anti-cristã e proibição de missionação cristã na esfera pública.

¨              Eleições populares do governo (democracia), limitadas pelos eleitores e aceitação das autoridades OU negação da autêntica auto-determinação.

 

Carl Schmitt postulou uma hipótese importante: toda a ideologia é uma doutrina cripto-religiosa, ou, nas suas palavras, “todos os mais pressionantes conceitos de doutrina moderna são conceitos teológicos secularizados”. Comparemos o Comunismo com o Liberalismo à luz deste pensamento.

 

Embora se tivesse originado no Ocidente, o Comunismo surgiu pela primeira vez na sociedade formada pela Igreja Ortodoxa Russa, e tinha muitas características que se esperaria encontrar numa Ortodoxia secularizada. Os poetas sentiam-no bem e Alexander Blok cantou Cristo “com a bandeira vermelha de sangue, invulnerável às balas, drapejando acima da tempestade de neve, numa coroa branca de rosas”, guiando os seus Doze Guardas Vermelhos. Nos últimos dias dos soviéticos, os Russos proclamavam o princípio cristão “O Homem é para o Homem um Irmão, um Camarada e um Amigo”. Os comunistas russos desprezavam os confortos materiais como os tinham desprezado os seus antecessores ortodoxos e colocavam a sua sobornost’ (4) (Catolicidade, ou reunião-na-Igreja) e solidariedade acima de todas as outras virtudes.

A solidariedade e a catolicidade são características compartilhadas pelas ideologias contra as quais é hostil o Liberalismo. Na semana passada, Yehuda Bauer, o director do Monumento de Yad Vashem (5), o Sumo Sacerdote do culto do Holocausto, num discurso dado para contrabalançar a Conferência de Teherão, disse:

 

“Há grandes diferenças entre o Nacional Socialismo, o Comunismo Soviético e o Islão radical, mas também há alguns paralelos importantes. Os três são ou eram movimentos religiosos ou quase religiosos. Sem dúvida, a quase religiosa fé na ideologia nazi  foi fulcral na existência e nas políticas do regime, e foi a ideologia nazi o factor central que produziu o Holocausto; o marxismo-Leninismo foi o quase religioso dogma a que todos no império estalinista tinham de ajuramentar-se. O mesmo se aplica ao Islão radical.

 

Isto é, sem dúvida, verdade, ou, à luz das palavras de Carl Schmitt, um truísmo: se é uma ideologia, tem raízes religiosas. Notaremos que Bauer não mencionou uma importante ideologia, contemporânea com as outras três e em guerra com elas. Apenas há cinquenta anos, os Marxistas-Leninistas, os Nacional-Socialistas e os Liberais começaram a exibir as suas diferenças nos campos de batalha da Europa. Por que razão o Liberal Bauer se esqueceu do Liberalismo?

 

Para além de ele ser pouco falador, a significativa omissão de Bauer encerra uma importante mensagem teológica. Um liberal coloca o liberalismo acima das religiões e ideologias comuns; num plano mais elevado que qualquer concepção ideológica e religiosa. Os adeptos de qualquer ideologia que não seja o Liberalismo são “totalitários” ou “fanáticos”, aos olhos de um liberal. Esta atitude arrogante dos únicos possuidores da verdade faz-nos lembrar a narrativa judaica do Velho Testamento, onde os devotos de Um Só Deus se presumem estar num nível superior ao dos “pagãos”. Teoricamente, esta atitude de superioridade foi herdada pelas três grandes religiões da nossa oikoumené (6): o Cristianismo Ocidental e Oriental e também o Islão. Porém, ela não foi interiorizada. Um Cristão Ortodoxo não se considerou um furo acima dos muçulmanos e Católicos. Contudo, o Judaísmo moderno (muito divergente do Judaísmo bíblico em outros aspectos) conserva esta desagradável pretensão de superioridade do seu predecessor.

 

A relutância de Bauer de nomear a componente religiosa do Liberalismo dá-nos a chave para qualquer coisa que ele podia querer esconder. Mas eis aqui uma sugestão adicional. Bauer continua a procurar paralelos nos três movimentos visados.

 

“Todos os três têm como alvo os Judeus, como seus principais ou imediatos inimigos: os nazis assassinaram-nos, os soviéticos planearam em 1952 deportar todos os judeus soviéticos para a Sibéria, com a clara intenção de que fossem mortos. A mensagem de genocídio da parte  do Islão radical para os judeus é alta e clara.”

 

Se Bauer acredita que a sua pretensão a respeito dos nazis é tão verdadeira quanto à sua afirmação a respeito dos soviéticos e dos muçulmanos, o seu lugar deveria ser à cabeça da Conferência de Teherão como principal negador do Holocausto. Se não acredita na sua própria afirmação, ele é um mentiroso e um difamador. A história dos “soviéticos planearem deportar os judeus” é uma invenção israelita, tão falsa como uma nota de três dólares, e já também totalmente desacreditada. Se Estaline e Hitler pudessem ter lido a conversa de Bauer em 1940, eles não teriam entrado numa guerra de aniquilação recíproca. Mas o que é importante para nós é que Bauer imagina qualquer movimento moderno de solidariedade como “anti-judaico”, enquanto o Liberalismo é tão judaico como o ‘peixe gefilte’(7).

Que é na verdade o Liberalismo? Alguns académicos seguem Weber e descrevem  o Liberalismo como Protestantismo secularizado. Outros prestam atenção à sua tendência anti-religiosa e anti-Igreja e vêem o Liberalismo como Satanismo secularizado. O falecido Alexander Panarin (8) considerava-o uma forma de idolatria baseada no “Mito pagão dos Bens descontextualizados e seus Consumidores dessocializados”.

 

Armado com o pensamento de Schmitt e as palavras e omissões de Bauer, podemos concluir: a doutrina da “democracia liberal e dos direitos humanos”, levada pelos marines dos EUA para além do Tigre e do Oxus é uma forma de Judaísmo secularizado. Considerando o predomínio dos judeus nos meios de comunicação de massas e especialmente entre os patrões dos media, é apenas natural que a ideologia que eles promovem seja tão querida aos corações judaicos. Os seus adeptos mantêm atitudes clássicas, e a “singularidade de Israel” é um dogma desta escola “não-religiosa”, quer na forma do “singular” Holocausto, quer duma “singular” ligação à Palestina, ou dum “singular” amor à liberdade e diversidade. Na verdade, enquanto as mesquitas ardem na Holanda e as igrejas são arruinadas em Israel, não há emoções excitadas comparáveis com aquelas surgidas quando são pintados graffiti numa parede de sinagoga. Os Estados Unidos avaliam os seus aliados pelas atitudes tomadas em relação aos judeus. O templo do Holocausto [“Museu”] fica ao lado da Casa Branca. O apoio ao estado de Israel é condição sine qua para os políticos americanos. Bauer descreve o horror duma possível vitória nazi nestas palavras reveladoras: “Não haveria judeus, porque seriam todos aniquilados. E isto acabaria com a História como tal”. Por outras palavras, a História aos olhos de Bauer respeita apenas aos judeus. Sem judeus — não há História. O resto da humanidade não é mais do que carneiros.

 

O Judaísmo secularizado não sente aversão ao Judaísmo, e esta é a única religião protegida pelo predominante discurso Liberal. Quando alguns russos tentaram aplicar a Lei da Instigação ao Ódio às diatribes judaicas contra o Cristianismo, eles foram condenados não somente pelos corpos judaicos, mas também pela Casa Branca e ainda pela Comunidade Europeia. Esta semana, um rabino de Lubavitch (9) pediu que as árvores de Natal fossem retiradas do aeroporto de Seattle até que fosse instalado um menorah (10). O aeroporto retirou as árvores de Natal, desculpando-se com a sua ignorância em “antropologia cultural”. As escolas da cidade de Nova Iorque não permitem qualquer referência ao Natal, mas celebram o Hanukkah (11), o Ramadan e a tola Kwanza (12), porque são multiculturais, enquanto o Natal não é. (Ver Vdare.com, que é uma boa fonte para a guerra contra o Natal, estrenuamente negado pelos media.) Toda a referência a Cristo é repelida pela rede das organizações dos Direitos do Homem, ADL, ACLU e outros promotores PC (13), que nunca fazem objecções aos símbolos religiosos judaicos.

 

Quando a Ortodoxia secularizada, isto é, o Comunismo Russo, conquistava países, ele compartilhava a sua fé e recursos com os conquistados. Na verdade, a Rússia Soviética era um fornecedor dos seus “satélites”, e gastou fortunas apoiando Cuba, Alemanha de Leste, Hungria, Polónia e os estados Bálticos. Depois de 1991, os estados ex-soviéticos permaneceram donos de grandes empresas industriais e complexos energéticos que não existiam antes da sua integração com a Comunidade Soviética. Um dos chavões propagandísticos de maior êxito dos destruidores da URSS era “Chega de alimentar estrangeiros”.

 

O Judaísmo secularizado conquista países para os roubar e destruir. Durante os quarenta anos de domínio israelita na Palestina, nem um só edifício foi construído pelas autoridades, mas milhares foram demolidos. Embora completamente secularizado, o estado judaico corporiza o medo e o ódio paranóico judaico contra os estrangeiros, enquanto as políticas cabalísticas do Pentágono são outra manifestação do mesmo medo e do mesmo ódio à escala global. A secular jihad judaica no Iraque fez da Mesopotâmia uma terra devastada. Países que tinham sido completamente submetidos aos Liberais — como Haiti, e o Malawi — são agora os mais pobres.

 

Alto lá! — dirão vós. Mas que monte de lixo! O Judaísmo é uma das grandes religiões monoteístas; os judaístas acreditam no mesmo Deus que nós, Cristãos, e os muçulmanos acreditam. Os judaístas são nossos camaradas na luta comum contra a subversão ateia. O Judaísmo não tem nada de comum com o culto da globalização materialística e anti-religiosa, com o neo-liberalismo, a alienação consumista, a negação das raízes, a destruição da família e da natureza. Pelo contrário: o Judaísmo postula a superioridade do espírito, a santidade da família, a preservação da natureza. As comunidades judaicas são bem conhecidas pela sua solidariedade e apoio mútuo, pela tradição e comunhão das pessoas unidas em Deus.

 

Esta é uma objecção forte, e aparentemente abala a nossa identificação do Liberalismo como Judaísmo secular. Mas só aparentemente; pois esta objecção baseia-se numa falsa premissa. O Judaísmo (como o deus romano Janus) tem duas faces; uma voltada para os Judeus, e a outra voltada para os Goyim, os não-judeus. Isso faz dois conjuntos opostos de questões relativas a Judeus e a Goyim. Esta é a diferença entre o Judaísmo, por um lado, e o Cristianismo, o Islão e o Budismo, por outro lado. Estes grandes credos não fazem questão de quem não é adepto, excepto quando pretende fazer que ele se torne adepto. A única coisa que a Igreja deseja de um não-cristão é que ele se torne cristão. O Judaísmo não quer transformar um goy num judeu. É quase impossível, quase proibido, e certamente desaprovado. Mas o Judaísmo faz determinadas exigências a um não não-judeu que tenha a desventura de estar sob o seu domínio. Ele não deve imitar um judeu, e assim o goy é proibido de ter religião, não pode celebrar as festas da sua própria religião, não pode ajudar os seus irmãos, deve ser um animal económico. O Judaísmo secularizado tende a ser Judaísmo para os Goyim, pois o Judaísmo para os Judeus tem um núcleo sacro.

 

Além disso, todas as ideias liberais que descrevemos são próprias do Judaísmo para os Goyim.

 

A negação dos Direitos de Grupo. No Judaísmo, os Goyim não têm direitos colectivos. Os Judeus podem participar na sociedade como grupo, mas os não-judeus devem entrar como indivíduos, uma atitude de “Vós tendes direitos individuais, nós temos direitos de grupo”. A propriedade comunal dos goyim é considerada abandonada. No estado judaico, os judeus livremente se apoderam de terras pertencentes a Palestinos, como grupo; apenas a respeito da confiscação das terras de palestinos particulares é que a discussão é permitida. No Judaísmo Secularizado Liberal, deve ser quebrada a solidariedade dos trabalhadores, os sindicatos devem ser desmantelados, mas a solidariedade dos ricos é permitida. A privatização é uma tal negação dos direitos de grupo: se um bem não pertencer a um rico particular, ele pode ser apropriado.

 

Direitos da minoria e negação dos direitos da maioria. No Judaísmo, uma maioria de não-judeus não tem direitos; mas não é assim com os judeus, e isto foi inteiramente herdado pelo Liberalismo. Na Rússia de 1991-93, vitória do Liberalismo sobre o Comunismo foi obtida através da perda de legitimidade dos media da Maioria: ela era chamada a “agressiva e obediente maioria”, oposta à Minoria Iluminada. Um discurso iluminado no Ocidente usualmente contém velada referência a John Stuart Mill, Madison, Alexis de Tocqueville e ao medo da tirania da maioria.

 

A propriedade privada (oposta à pública) dos media, ou o direito exclusivo dos ricos formarem a opinião pública. Um jornal de propriedade pública é usualmente contrastado com os “media livres”, como se um jornal pertencente a um rico judeu fosse de algum modo mais livre do que aquele que pertence ao estado, a uma igreja ou a um sindicato.

 

Os direitos das mulheres e os direitos dos homossexuais. O Judaísmo não reconhece a família do goy. Isto é inteiramente herdado pelo Liberalismo: os liberais não acreditam na família do homem não privilegiado e querem desmontá-la.

 

O anti-racismo para um judeu é uma ferramenta na sua luta natural contra a população indígena; no paradigma liberal, o anti-racismo permite a importação de força de trabalho barata para se minar os sindicatos e operar mundialmente na corrida para o máximo abaixamento dos salários. O judaísmo considera a assistência social uma característica singular dum comunidade judaica, enquanto os goyim não têm direito a tais prerrogativas como o ágape (14) para a ajuda e protecção mútuas. Os liberais estão activamente desfazendo a assistência social, excepto se ela servir para apoiar as suas companhias e corporações ou é uma política governamental para promover o apoio à sublevação imigratória e demográfica como providência ad hoc para minar as comunidades nacionais e dar uma característica racial à política.

 

A liberdade da propaganda anti-cristã.  O Liberalismo não combate o Judaísmo, mas conduz uma implacável luta contra o Cristianismo. Na liberal América, os juízes condenam a Igreja Católica pelos seus ensinamentos, proíbem as árvores de Natal e editam um Bíblia expurgada.

 

A Democracia. No paradigma liberal, se se não está de acordo com as ideias liberais, não se é considerado; e é activada uma defesa contra a Tirania da Maioria. Se se concorda, não interessa em quem se vota, pois o resultado será o mesmo. Chamam a Israel “uma democracia”, embora a maioria dos seus “goyim” não tenha direito a voto, e os que podem votar são mantidos fora do poder, invocando-se a “maioria judaica”. As vitórias democráticas da Hamas na Palestina e de Lukashenko na Bielorússia foram consideradas ilegais; na Sérvia, as eleições foram repetidas até que foram conseguidos os resultados desejados.

 

Assim, chegamos a uma conclusão: o moderno liberalismo americano é o Judaísmo secularizado para os gentios, e não é a liberdade contra as pressões religiosas, como os seus proponentes clamam.

 

Por que razão os EUA e a Grã-Bretanha sucumbiram a esta estranha ideologia? Uma resposta provável pode ser encontrada na história britânica. Estudos recentes pelo Dr.

Mark Thomas, UCLA, apontam que nos V-VII séculos, as tribos saxónicas pré-cristãs conquistaram a Bretanha e criaram uma “sociedade apartheid” de 10.000 invasores no meio de 2 milhões de nativos (15). E eventualmente procriaram mais do que os nativos: “Uma pequena elite de invasores anglo-saxões podia ter rapidamente se fixado, tendo mais filhos que sobreviveram até à idade adulta, graças ao seu poder militar e vantagem económicas. Também evitou que os genes nativos bretões entrassem na população anglo-saxónica, restringindo os casamentos inter-raciais num sistema de apartheid que deixou o país cultural e geneticamente germanizado. Como resultado, a Grã-Bretanha tem uma população largamente germânica na sua origem, falando uma língua predominantemente germânica” (16), escreve Thomas.

 

Assim, alguma população britânica tem uma memória genética inserida a respeito duma bem sucedida estratégia evolucionária, associada com apartheid e com a aplicação dos princípios “judaicos”. Os Judeus não têm a exclusividade de serem maldosos; e a bizarra intrusão britânica com o mito das Doze Tribos tem mais a ver com os saxões do que com os israelitas. Enquanto a Grã-Bretanha foi católica e cristã esta tendência foi refreada; mas veio a Reforma, seguida pela importação por grosso das ideias judaicas do Velho Testamento, seguida pela importação da sua leitura talmúdica vinda da Holanda durante a Revolução de Orange. A barreira religiosa caiu, e a onda invasora derrubou a Inglaterra tradicional. Neste grande acesso de privatização, os senhores das terras dividiram, privatizaram e isolaram os comuns. Como seus antecessores judaicos, não fizeram caso dos direitos colectivos das classes desfavorecidas nativas, os “goyim” da Nova Ordem. E aplicaram a sua estratégia no País de Gales e na Irlanda, e mais tarde na América do Norte e na Austrália, e provocaram a extinção de milhões de nativos. Muitos britânicos, americanos e australianos lembram-se da bem sucedida estratégia; isso faz deles tão inclinados à política filo-judaica e à aplicação de medidas quase-judaicas.

Certamente, a colonização e a formação duma casta militar dominadora não ocorreram somente na Grã-Bretanha. Há a Conquista Ariana na tradição indiana, ou o domínio franco em França. Os Franceses resolveram o problema pela Rasoira Nacional do Dr. Guillotin no Grande Terror de 1793, onde a ideia de uma aristocracia de sangue diferente foi intensamente explorada pelos revolucionários da classe média. Ainda hoje, os nobres polacos pretendem que são descendentes dos Sármatas (17) não-eslavos, em oposição aos polacos comuns que são eslavos. Esta pretensão “sármata” da nobreza polaca (que implica menosprezo pelos comuns polacos, que seriam um povo alheio) foi uma razão importante pela qual a Polónia tolerou e alimentou a maior comunidade judaica jamais existente na terra.

Sempre que está na mó de cima, a doutrina judaica secular liberal cria enormes cisões entre as castas superiores e inferiores. Na verdade, nos EUA, 60 milhões de americanos vivem com $7 por dia, enquanto uns poucos de felizardos têm biliões que nem sequer podem gastar. Isto representa uma estratégia muito bem sucedida para a minoria dominante. Tão bem sucedida que eventualmente a maioria dominada pode ter de aplicar medidas drásticas para moderar o seu êxito. ¶

 

(1) James Petras — Professor Emérito americano de sociologia. LUSO

(2) Oximoro, gram. — reunião de termos que se contradizem.LUSO

(3)Pierre Weil? — Alsaciano, nascido em 1924, vive no Brasil, onde é professor universitário, escritor, educador, psicólogo. LUSO

(4)Sobor, em russo, quer dizer ‘catedral’. LUSO

(5)Monumento aos “Mártires do Holocausto”, construído em 1953 em Israel para que as próximas gerações não esqueçam..., etc. LUSO

(6) oikomené = (grego) toda a terra habitada. Daí, ‘ecuménico’.LUSO

(7)peixe gefilte — especialidade culinária judaica, ‘Gefilte’ é palavra do iidish, significando”recheado”. Cp. com o alemão “gefüllt” = cheio. LUSO

(8)Alexander Panarin, recentemente falecido, era professor de Ciências Políticas na Universidade de Moscovo. Era altamente crítico da globalização devido ao seu latente totalitarismo. Insiste que os estados nacionais e a pluralidade de alternativas são a esperança para o futuro. A tendência liberal que os EUA querem impor ao mundo está destinada a falhar. LUSO

(9)Lubavitch - movimento e filosofia judaica, nascidos na cidade russa deste nome (“a cidade do amor fraterno”), palavra provavelmente  cognata de ‘amor’, (em russo, ‘liubov’). LUSO

(10)Menorah é o candelabro de sete velas, símbolo tradicional do judaísmo. LUSO

(11)Hanukkah, o “festival das luzes”,  é uma festa anual judaica que dura oito dias. LUSO

(12)Kwanza é uma festa afro-americana que dura desde o Natal até ao Ano Novo. Não é o nome da moela angolana, mas sim uma palavra do swahili.LUSO

(13)ADL = ‘Anti-difamation League’, associação judaica que dizem ser “altamente difamatória”; ACLU = ‘American Civil Liberties Union’, possivelmente também judaica, combate as religiões, particularmente o Cristianismo. Ser cristão assumido é hoje um ónus na sociedade americana; PC = Personal Computer? LUSO

(14) ágape = palavra grega cujo significado original era amizade fraterna, amor cristão. LUSO

(15) Os celtas. LUSO

(16) Na verdade, a influência do celta é diminuta no inglês. Importante é a influência dos escandinavos (germânicos) e dos normandos (germânicos) de língua francesa, a tal ponto que hoje o inglês bem poderia considerar-se uma língua latino-germânica. LUSO

(17)Povo, provavelmente originário do norte do Cáucaso, aparentado com os antigos arianos, seria também ariano de língua indo-europeia, como os eslavos. Mas cada qual tem as sua manias. LUSO 

 

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