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O artigo que se segue teve a sua oportunidade há poucos anos, mas mantém a sua actualidade, e por isso é traduzido. Temos também que dizer: “Bravo, Holanda! Bravo, Irlanda!”. Infelizmente, não podemos dizer “Bravo, Portugal!”, porque esta nação que foi de bravos marinheiros que sabiam  navegar sobre o mar revolto, mesmo à custa de mortes e naufrágios, está hoje reduzida a um rebanho de mansos cordeiros. Morreram os marinheiros? Não, morreram os almirantes!(LUSO)

 

Bravo, França!”

 

Israel Shamir

 

Os Franceses votaram NON ao projecto da constituição europeia. Esta é uma grande vitória para a nossa causa, e ao mesmo tempo os planos dos nossos adversários sofreram um recuo. Isto não quer dizer que estejamos contra a unidade da Europa, antes pelo contrário – queremos uma Europa unida como contrapeso aos USA, como amiga da Rússia, do mundo Árabe, do Irão e da China. A constituição proposta queria subordinar as Forças Armadas Europeias à NATO, isto é ao comando americano. Mas para a sabedoria dos votantes franceses, na próxima invasão US, os Europeus seria forçados a servir na força invasora, fosse o Irão ou a Rússia que os Neo-cons quisessem submeter. Há duas semanas nós clamámos “Digam NON ao projecto da constituição, se não quiserem que os vossos filhos lutem em Teherão ou bombardeiem Moscovo”. Este grito, e muitos outros, foram ouvidos e obedecidos. Bravo, França!

 

Os nossos adversários não desistiram do seu projecto último -- criarem o governo mundial sob a égide de US-Israel. Eles conseguiram subverter até a ideia pan-europeia e anti-americana de de Gaulle, introduzindo alguns cavalos de Tróia vindos da Europa de Leste. A princípio, havia apenas um cavalo de Tróia, a Inglaterra sob os seus líderes pró-americanos.  Agora há a Polónia que é ainda mais pró-americana. A França e as outras nações europeias deviam acautelar-se: é o  jogo mais antigo no mundo, quando o nosso  inimigo nos permite  tomar um país que minará a nossa coesão. Os Russos cometeram este erro quando anexaram a Polónia oriental (Ucrânia ocidental), e como resultado perderam toda a Ucrânia.

 

Os principais meios de informação da Europa trabalharam bem como um departamento de propaganda dum estado totalitário, bloqueando as vozes NON. É bom que o povo de França o tenha compreendido e não tivesse caído na armadilha. Sabemos o que queremos a seguir – correr com a NATO, e retirar todas as forças americanas da Europa; apoiar a independência europeia em relação aos mestres neo-cons de Washington e Nova Iorque. Na nossa opinião, um país não pode ser membro da  Europa  unida, se ele mandar os seus filhos a lutar pelos USA e Israel no Iraque ou em qualquer outra parte, se ele comprar material pesado americano, se ele minar as iniciativas europeias. A eliminação da NATO, este resquício da Guerra Fria, há muito que devia ter sido realizada. Exijamo-lo! ¶

 

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